Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 22423

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Elisa Ribeiro Gonçalves
Orientador LARISSA FERREIRA RODRIGUES MOREIRA
Outros membros RODRIGO MOREIRA
Título Aprendizado Federado para auxiliar no Diagnóstico Médico baseado em imagem
Resumo O uso da inteligência artificial na análise de imagens médicas tem impulsionado avanços no diagnóstico precoce de doenças como o câncer. Cânceres como o de ovário, de difícil detecção em estágios iniciais, e o de cólon, com alta variabilidade histológica, possuem elevadas taxas de mortalidade quando diagnosticados tardiamente. Para lidar com a descentralização dos dados e as restrições impostas por legislações, o Aprendizado Federado (AF) surge como alternativa viável, permitindo colaboração entre instituições sem a necessidade de compartilhamento direto de dados sensíveis. No entanto, esses cenários são marcados pela distribuição Não-Identicamente e Independentemente Distribuída (Não-IID) dos dados, onde cada instituição contribui com conjuntos distintos em características, classes e volume. Este trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho do AF na classificação de imagens médicas voltadas à identificação de câncer em ambientes Não-IID. Para isso, compararam-se diferentes arquiteturas de redes neurais profundas com hiperparâmetros otimizados por meio do algoritmo bayesiano Tree-structured Parzen Estimator (TPE), visando maximizar a performance de cada modelo. A metodologia foi estruturada em duas fases. Na primeira, conduziu-se a otimização de hiperparâmetros de forma centralizada para dois datasets: Ovarian Cancer & Subtypes Dataset Histopathology e um subconjunto do LC25000 (câncer de cólon), ambos configurados para classificação binária (“câncer” vs. “não câncer”). O segundo conjunto foi subamostrado para simular um cenário Não-IID, espelhando o desbalanceamento e o volume do primeiro. Ao todo, 996 imagens foram utilizadas (80% treino, 20% teste), com parte do treino reservada para validação da otimização de hiperparâmetros. Na segunda fase, os modelos foram treinados em um ambiente federado Não-IID com três configurações: (i) hiperparâmetros ótimos do conjunto de cólon; (ii) do conjunto de ovário; e (iii) média aritmética da taxa de aprendizado combinada aos valores modais de otimizador e batch size. Todos os modelos utilizaram pesos pré-treinados da ImageNet, agregação Federated Averaging (FedAvg), técnicas de aumento de dados e amostragem ponderada para lidar com o desbalanceamento. Os resultados demonstram que a ResNet-50 com hiperparâmetros otimizados para o conjunto de ovário apresentou o melhor desempenho (95,50% de acurácia e 95,27% de F1-Score). Além disso, a estratégia de combinação de hiperparâmetros demonstrou-se eficaz, superando, em 50% dos casos, as configurações otimizadas individualmente para os datasets de cólon e ovário, o que indica maior capacidade de generalização. A abordagem proposta evidencia o potencial do AF para viabilizar diagnósticos precisos em cenários clínicos descentralizados. Trata-se do primeiro estudo, até onde se tem conhecimento, a aplicar essa abordagem em imagens de câncer de ovário, sendo uma contribuição inédita para o uso do AF em contextos sensíveis e regulados.
Palavras-chave Inteligência Artificial, Aprendizado Federado, classificação de imagens medicas.
Apresentações
  • Painel: Hall PVA, 22/10/2025, de 10:00 a 12:00

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