Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 22246

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Ana Carolina Silva Souza
Orientador MARLON CORREA PEREIRA
Outros membros Gabriel Henrique Ferreira, Paulo Miranda Leles, Paulo Victor Alves de Souza, Renato Ramos da Silva
Título Acúmulo de resíduo vegetal, umidade e grupos microbianos funcionais em áreas de cultivo de três espécies de sempre-vivas
Resumo As sempre-vivas são plantas herbáceas pertencentes a Comanthera subg. Comanthera (Eriocaulaceae), colhidas em áreas de ocorrência natural para a produção de artesanatos e buquês de flores secas. Como alternativa, alguns produtores buscam adequar o manejo para cultivo, o que exige maior compreensão dos atributos do solo e de sua microbiota. Muitas dessas plantas crescem em campos graminóides dos Campos Rupestres da Cadeia do Espinhaço, que possuem solos distróficos, arenosos ou hidromórficos e grande oscilação de umidade. Por isso, os processos microbianos são essenciais à nutrição das plantas. Em geral, esses solos apresentam pouca matéria orgânica, mesmo apresentando acúmulo evidente de resíduo vegetal em decomposição (RVD). Os solos e raízes das espécies botão-goiano (Bg, Paepalanthus niger e P. longibracteatus), brejeira (Br, Comanthera bisulcata) e p é-de-ouro (Po, Comanthera elegans) foram amostrados em maio de 2025 em áreas de cultivo da Fazenda Poções (Augusto Lima/MG) para determinar a porcentagem de RVD e de umidade, assim como a abundância de bactérias fixadoras de nitrogênio (BFN), e de microrganismos amonificadores (AMO), acidificadores (ACI) e solubilizadores de potássio (SolK) das raízes e solos. O RVD foi separado por peneiração em malha de 2 mm e pesado. Avaliou-se a umidade do solo pelo método gravimétrico. Grupos microbianos foram quantificados em meios de detecção dos diferentes grupos pelo método de Número Mais Provável. Normalidade e homocedasticidade dos dados foram avaliadas; seguindo a análise de variância e o teste SNK, considerando delineamento inteiramente ao acaso, com fatorial 3 (plantas) por 2 (áreas); e análise de correlação. A porcentagem de RVD variou entre 5 e 76 %, mas as médias não diferiram significativamente. A média geral de RVD nos solos foi 16,8 %. A umidade variou de 1 a 32 %, sendo as médias maiores nas áreas com crescimento de Bg, menores nas áreas de Po, e intermediárias em Br. A média de umidade dos solos das áreas foi 11,1 %. Observou correlação positiva moderada entre a porcentagem de RVD e a umidade (R = 0,62). As abundâncias dos grupos microbianos foram afetadas pela área de amostragem (BFN e SolK) e tipo de amostra (BFN, ACI e SolK). A maior abundância de BFN, ACI e SolK foi observada em sistema radicular, uma vez que a abundância de AMO no solo foi superada apenas pela média observada em Po. A abundância dos grupos microbianos apresentou baixa correlação com a porcentagem de RVD e com umidade, apenas SolK apresentou correlação negativa moderada (R = -0,69) com a umidade. Desta forma, observa-se que mais de 10 % da massa do solo de cultivo de sempre-vivas é resíduo vegetal em decomposição e que quanto mais resíduo, maior a umidade do solo. A abundância dos grupos microbianos pode ser afetada pela área de cultivo e umidade, mas a raiz é o fator que afeta positivamente a maior parte dos grupos microbianos.
Palavras-chave processos microbianos, raiz, solo
Apresentações
  • Painel: Hall PVA, 21/10/2025, de 10:00 a 12:00

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