Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 22207

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Gabriel Henrique Ferreira
Orientador MARLON CORREA PEREIRA
Outros membros Ana Carolina Silva Souza, Paulo Miranda Leles, Paulo Victor Alves de Souza, Renato Ramos da Silva
Título Ocorrência de grupos microbianos funcionais em raízes e nos solos de cultivo de sempre-vivas (Comanthera spp.) e botões-goiano (Paepalanthus niger e P. longibracteatus)
Resumo A microbiota do solo é responsável por regular processos biogeoquímicos essenciais à manutenção dos ecossistemas, incluindo o crescimento das plantas. As sempre-vivas e botões são utilizadas como flores secas, cultivadas em solos distróficos na Cadeia do Espinhaço na região de Diamantina, em Minas Gerais. Este trabalho avaliou populações de bactérias fixadoras de nitrogênio (BFN) e de microrganismos amonificadores (AMO), acidificadores (ACI) e solubilizadores de potássio (SolK), com objetivo de detectar e quantificar esses grupos microbianos funcionais na raiz e nos solos de glebas de cultivo das sempre-vivas brejeira (Comanthera bisulcata), pé-de-ouro (Comanthera elegans) e dos botões goianos (Paepalanthus niger e P. longibracteatus) assim como avaliar o efeito da espécie de planta, local de amostragem, tipo de amostra e período de coleta sobre a abundância. O trabalho foi desenvolvido a partir da coleta de raízes e do solo, no período de seca e chuvoso, na Fazenda Poções, no município de Augusto de Limas, Minas Gerais. Os macerados de ~ 0,05 g de raiz e 1 g de solo foram diluídos e inoculados em meios de cultura para detecção das populações de BFN, AMO, ACI e SolK. O cálculo da abundância utilizou o método Número Mais Provável. Os dados foram analisados considerando o delineamento inteiramente ao acaso, adotando a análise de variância adequada a normalidade e homocedasticidade da variável. A abundância de BFN variou entre 3,9 e 7,7 log de cels/g, com a maior amplitude para brejeira, o menor valor em solo e raiz na gleba Mascarado e o maior em raízes no Plantio Novo. Mascarado possui o menor valor médio de BFN no período seco e chuvoso, enquanto o Plantio Novo obteve o maior valor médio. Em geral, as raízes apresentaram médias de BFN maiores que os solos nos dois períodos. Os valores de AMO variaram entre 0 (apenas raízes) e 7,6 log de cels/g, com a maior abundância em raízes de pé-de-ouro, sendo que Alto da Vaca Brava foi a gleba com menor valor médio. A abundância de ACI variou entre 3,3 e 7,2 log cels/g, com o menor valor em solo de pé-de-ouro e o maior em raízes de botão-goiano. Médias superiores foram observadas nas amostras de dezembro de 2024 e nas raízes (amostragem de maio de 2025). A abundância de SolK variou entre 3 e 7,7 log cels/g, com o menor valor absoluto em raiz de botão-goiano da gleba Pereiro, e o maior em raiz de brejeira do Plantio Novo. Plantio Novo apresentou maior SolK média que Pereiro, com maior abundância nas raízes. Confirmou-se a presença de microrganismos que mediam processos biogeoquímicos nos solos e raízes, observando maior abundância nas raízes. Considerando a baixa disponibilidade de nutrientes desses solos, os serviços ecossistêmicos prestados pelos microrganismos do solo em áreas de cultivo se mostram essenciais para o desenvolvimento das plantas.
Palavras-chave microrganismos do solo, interação planta x microrganismo, sempre-vivas
Apresentações
  • Painel: Hall PVA, 21/10/2025, de 10:00 a 12:00

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