Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 21528

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Bruno Nascimento Faria
Orientador FABRICIA QUEIROZ MENDES
Outros membros LUCAS DE SOUZA SOARES, LUCELIA CRISTINA ALVES, Rafaela Silveira Viana
Título PRODUÇÃO DE CONCENTRADO PROTEICO E ISOLADO PROTEICO PRODUZIDO A PARTIR DE TORTA DE MACAÚBA (Acrocomia aculeata)
Resumo A macaúba (Acrocomia aculeata) é uma palmeira nativa da região do Cerrado brasileiro. Na indústria, seu fruto é utilizado como matéria-prima para extração de óleo vegetal, porém o residual deste processo ainda carece de reaproveitamento na alimentação humana. Parte desse resíduo é representada pela torta desengordurada da amêndoa, rica em proteínas vegetais, que podem ser utilizadas pela indústria de alimentos para vários fins. Assim, este trabalho objetivou identificar condições favoráveis de pH e tempo de agitação (t.a.) para melhorar a extração proteica da semente de macaúba. As sementes de macaúba (doadas pela INOCAS – Soluções em Meio Ambiente S.A.), foram trituradas e caracterizadas em termos de teores de umidade, de lipídios e de proteínas. Para determinação do ponto isoelétrico (pI) das proteínas, misturou-se farinha seca e desengordurada (FSSD), com água destilada (1:5) e seu pH foi ajustado para 10,0, sendo a mistura agitada por 12 h e centrifugada (5000 RPM, 12 min). O sobrenadante foi recolhido e teve o pH ajustado para 3,0 e centrifugado a 5000 RPM por 12 min. O precipitado formado (pellet) foi recolhido e misturado com água destilada, sendo o pH ajusatdo de 2 a 11 (de 1 em 1 unidade), que foram submetidas à análise do potencial zeta. Definido o pI, a influência do pH e t.a. sobre o rendimento de extração foi avaliado em um experimento fatorial combinando diferentes valores de pH (9,0; 9,5; 10,0; 10,5 e 11,0) e t.a. (0, 30, 60, 120 e 180 min).A extração alcalina ocorreu de acordo com o planejamento experimental descrito e, em seguida, durante a precipitação ácida, o pH do sobrenadante foi ajustado para o valor de pI encontrado. Após a extração, o pellet recolhido foi liofilizado (-58,2°C, 0,100 mbar, 24 h) para o cálculo do rendimento, baseado na relação entre a massa inicial de FSSD e a massa obtida. Os percentuais de umidade, lipídios e proteínas das sementes foram de 5,42%, 46,96% e 26,68%, respectivamente, destacando a sua relevância para a obtenção de óleo vegetal e de concentrados protéicos. Ademais, observou-se que seu pI ocorreu em valor de pH próximo a 4,5. Observou-se que o aumento do t.a. não promoveu um aumento expressivo do rendimento. Enquanto isso, observaram-se rendimentos de 6,4; 5,8; 9,7; 5,4 e 11,1%, respectivamente, nos sistemas ajustados para os valores de pH de 9,0; 9,5; 10,0; 10,5 e 11,0, mostrando uma influência da mudança dos valores de pH. Além disso, o pH 11,0 demonstrou ser o mais eficaz para a extração, por promover uma maior dispersão das proteínas, facilitando a sua recuperação na precipitação ácida. Conclui-se que as sementes de macaúba são aptas para o processamento e reaproveitamento de resíduos, podendo originar concentrados proteicos, a partir de um processo envolvendo a extração alcalina e a precipitação ácida, com rendimento máximo observado acontecendo com extração em pH 11.
Palavras-chave sustentabilidade, reaproveitamento, proteínas vegetais
Apresentações
  • Painel: Hall PVA, 21/10/2025, de 10:00 a 12:00

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