Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 21512

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Paulo Victor Alves de Souza
Orientador LAYS MATIAS MAZOTI CORREA
Outros membros ANDRE MUNDSTOCK XAVIER DE CARVALHO, FABRICIA QUEIROZ MENDES, LARISSA SOUSA CAMPOS
Título Implantação de sistema agroflorestal no bananal da Aldeia Renascer Wakonã Xucuru Kariri
Resumo O presente trabalho descreve a experiência extensionista vivenciada ao longo do segundo ano do projeto Acompanhamento de Implantação e Manejo de um Sistema Agroflorestal (SAF) no Bananal da Aldeia Renascer Wakonã Xucuru Kariri, localizada no município de Presidente Olegário – MG. A proposta tem como finalidade principal contribuir para a transição de um cultivo tradicional de banana para um sistema agroflorestal diverso, resiliente, produtivo e culturalmente apropriado à realidade e aos saberes da aldeia. O primeiro ano do projeto foi dedicado à superação de parte das limitações financeiras para a viabilização do SAF, tarefa que foi conseguida através da aprovação do projeto no Edital nº 3 do DGM/Brasil – Fase 2, em fevereiro de 2025, resultando na conquista de um recurso de R$110.000,00. É importante ressaltar que outros desafios ainda persistem, como a intermitência do abastecimento hídrico, a inexistência de rede elétrica convencional, a limitação no transporte e o estado de degradação do solo do bananal, que exigiu um diagnóstico e a readequação das práticas agrícolas. As ações desenvolvidas até agora no segundo ano do projeto se deram através de reuniões, oficinas de escuta, rodas de conversa e intercâmbios. Em abril, estudantes, docentes e técnicos-administrativos da UFV/CRP participaram no 4º Intercâmbio Intercultural em comemoração do dia 19 de abril, dia dos povos indígenas. Foi um momento importante de troca e de conhecimento da cultura de uma comunidade indígena que agregou à formação humanística dos 37 participantes. Além disso, entre maio e julho, foram realizadas reuniões junto com a própria comunidade para redefinição do cronograma do projeto e definição das espécies vegetais prioritárias do SAF, cuja implantação será realizada através de mutirão na época de chuvas, entre outubro e novembro de 2025. Considerando critérios ecológicos, produtivos e simbólicos, as espécies selecionadas pela comunidade foram: ipê, mogno ivorensis, abacate manteiga, seriguela, amora, café Arara, leucena, mombaça e feijão-andu. A escolha dessas espécies se deu com base em múltiplos fatores, como sua adaptabilidade às condições edafoclimáticas da região, seu papel ecológico na sucessão vegetal, sua importância econômica no mercado regional e, sobretudo, seu valor cultural e espiritual para o povo Xucuru Kariri, valorizando, assim, o protagonismo indígena nas decisões territoriais e produtivas. As atividades do projeto aconteceram tanto na aldeia quanto no campus da UFV – Rio Paranaíba, promovendo um intercâmbio bidirecional de saberes e vivências. A participação da comunidade indígena na III Troca de Saberes da UFV-CRP, evento realizado em junho que reuniu agricultores familiares, estudantes e povos tradicionais, também foi um dos marcos do projeto em 2025, oportunizando trocas de sementes crioulas, saberes fitoterápicos, tecnologias sociais, experiências pedagógicas e o fortalecimento da economia solidária.
Palavras-chave Sistema agroflorestal, segurança alimentar, protagonismo indígena
Apresentações
  • Painel: Hall PVA, 22/10/2025, de 10:00 a 12:00

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