Resumo |
O presente trabalho propõe o desenvolvimento de um sistema de classificação automática de tumores cerebrais em imagens de ressonância magnética (MRI), utilizando arquiteturas modernas de redes neurais profundas. A identificação precoce e precisa desses tumores é essencial para definir estratégias médicas individualizadas e melhorar o prognóstico dos pacientes. No entanto, a interpretação manual desses exames demanda tempo e elevada especialização. Como alternativa, serão exploradas técnicas de aprendizado profundo, em especial redes neurais convolucionais (CNNs) e modelos baseados em Transformers, como o Vision Transformer (ViT), com o objetivo de automatizar a classificação das lesões cerebrais. Foram utilizados dois conjuntos de dados públicos disponíveis na plataforma Kaggle, abrangendo quatro classes: glioma, meningioma, tumor de hipófise e cérebros sem tumor. Serão realizados o pré-processamento das imagens, com redimensionamento, normalização e técnicas de aumento de dados (data augmentation). Os modelos implementados e comparados são: ResNet-50, DenseNet-121, Inception V3 e ViT-B16, utilizando a biblioteca PyTorch. O treinamento será conduzido em ambiente com GPU dedicada, empregando a entropia cruzada como função de perda e o otimizador Adam. A avaliação dos modelos será realizada com o uso de métricas de desempenho como acurácia, precisão, recall e F1-score, a fim de verificar a robustez e a capacidade de generalização dos modelos. Espera-se que os resultados obtidos apresentem alta acurácia e equilíbrio entre sensibilidade e especificidade, mesmo em cenários com dados desbalanceados. Como contribuições, espera-se que a solução desenvolvida contribua no desenvolvimento como ferramentas de apoio ao diagnóstico médico, auxiliando na detecção de tumores de forma mais rápida e precisa, reduzindo a carga de trabalho e otimizando o processo clínico. Além disso, este estudo busca avançar na literatura científica ao avaliar a capacidade de generalização de modelos treinados em um conjunto de dados e validados em um conjunto externo, ambos pertencentes ao mesmo domínio, mas provenientes de fontes distintas. Essa abordagem permite analisar a robustez dos modelos em cenários reais e reforça a viabilidade do uso de inteligência artificial e aprendizado profundo como suporte ao diagnóstico médico. |