Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 20900

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Igor Luiz de Oliveira
Orientador LILIANE EVANGELISTA VISOTTO
Outros membros Maiara Monique de Oliveira Almeida, Micaely Loren Cajá Pereira, Nayara Luiza Marques Duarte, Stéfany Alexsandra de Oliveira Crus
Título Potencial antagonista e enzimático de isolados bacterianos do gênero Bacillus spp. contra Sclerotinia sclerotiorum
Resumo Sclerotinia sclerotiorum é um fitopatógeno de relevância mundial, que afeta mais de 400
espécies de plantas, resultando em expressivas perdas econômicas. Os principais sintomas
são o murchamento, acompanhados pelo desenvolvimento de micélio branco que forma
escleródios. Os escleródios são estruturas de resistência cruciais ao ciclo de vida do fungo,
constituídos por elevada concentração de melanina, que é responsável pela proteção a
condições adversas e a degradação. O uso de fungicidas é o método comum de controle,
porém tal prática tem se mostrado ineficiente devido a persistência dos escleródios no
solo. Diante disso, estudos relacionados ao emprego de bactérias do gênero Bacillus,
emerge como uma abordagem promissora e mais sustentável. O estudo objetivou avaliar
a capacidade de Bacillus spp. de inibir a germinação dos escleródios in vitro e a
capacidade de produzir proteases e quitinases, enzimas chave para a degradação da parede
dos escleródios. Vinte escleródios foram imersos em suspensão de 12 isolados
bacterianos, por 0 e 30 minutos. Após a imersão, 10 escleródios foram transferidos para
placas contendo meio BDA e mantidos a 20°, e outros 10 escleródios foram mantidos a
28°C, por 7 dias. A avaliação do efeito da temperatura é essencial, pois temperaturas mais
amenas favorecem a germinação dos escleródios, mas retarda o crescimento bacteriano.
O número de escleródios germinados e/ou colonizados pelas bactérias foi avaliado após
os 7 dias de incubação, utilizando um microscópio. Os isolados que inibiram
significativamente a germinação foram avaliados quanto à capacidade de produzir
proteases e quitinases. Azocaseína a 2 % foi utilizada como substrato para a determinação
da atividade de proteases e solução de ácido tricloroacético 10 %, para interromper a
reação. O método do ácido dinitrosalicílico, que quantifica a produção de N-acetil-
glicosamina (NAG) como produto da hidrólise da quitina coloidal, foi utilizado para
determinar a atividade de quitinase. A germinação dos escleródios de S. sclerotiorum foi
significativamente afetada tanto pela temperatura quanto pelo tempo de exposição aos
Bacillus spp. O GB14 promoveu 100% de inibição em ambas as temperaturas,
destacando-se como potencial biocontrolador, já que seu efeito foi superior ao controle
positivo (Bacillus subtilis QST 713 Serenade®) a 28°C. As cepas GB10, GB01 e GB16
promoveram a 20°C inibição de 47, 60 e 69%, respectivamente. Já a 28°C, a inibição
variou de 45, 70, e 100% promovida pelos mesmos isolados. Todos os Bacillus spp
analisados produziram protease, mas a atividade máxima variou com o tempo e entre os
isolados. A atividade de quitinase foi detectada apenas no extrato de GB01, nos tempos
de 24, 48 e 72 h. Estes resultados indicam que os isolados de Bacillus spp. GB01, GB10,
GB14 e GB16 são capazes de inibir a germinação de escleródios possivelmente pela sua
capacidade de secretar proteases ou outras substâncias tóxicas no meio.
Palavras-chave Controle biológico, quitinase, protease
Apresentações
  • Painel: Hall PVA, 21/10/2025, de 10:00 a 12:00

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