Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável
20 a 24 de outubro de 2025
Trabalho 20847
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
|---|---|
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Agrárias |
| Área temática | Dimensões Sociais: ODS2 |
| Setor | Instituto de Ciências Agrárias |
| Bolsa | PIBITI/CNPq |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Apoio financeiro | CNPq |
| Primeiro autor | Lariça Ferreira Silva |
| Orientador | FLAVIO LEMES FERNANDES |
| Outros membros | Simone Cristina dos Santos Mendes |
| Título | Interação ecológica e potencial de Chrysoperla externa no controle de pragas do cafeeiro |
| Resumo | Crysoperla externa (CE) é um dos principais predadores de pragas na cultura do cafeeiro. Preda cochonilhas, ácaros e lepidópteros, como Leucoptera coffeella (LC), que, em condições favoráveis, pode causar até 80% de perdas produtivas na cafeicultura do Cerrado Mineiro. O manejo de pragas ainda é realizado preferencialmente com uso de químicos, mas alternativas sustentáveis como o controle biológico (CB) vêm ganhando destaque. Neste contexto, torna-se necessário comparar áreas que adotam o uso de CE com áreas que não o utilizam. O objetivo deste trabalho foi determinar a interação entre CE e as pragas do cafeeiro, e verificar sua eficácia no controle de LC, considerada praga-chave da cultura. O estudo foi conduzido em laboratório e campo. No laboratório, foram realizadas avaliações em folhas com injúrias de LC (ovos, minas e pupas), e no campo, avaliações do número de indivíduos das pragas (ácaro, cochonilha, pulgões e bicho-mineiro) e do agente de CB, CE (ovo, larva e adulto). Foram definidos três tratamentos: duas áreas com liberação de CE (8 liberações), 1000 e 500 ovos/ha (TA e TC), e uma área com aplicação apenas de produtos químicos, sem critérios técnicos e sem uso de agente biológico (TB). Os macroorganismos foram obtidos de uma biofábrica e liberados por drone, enquanto os defensivos químicos foram aplicados por pulverização foliar. Os experimentos foram conduzidos por 9 meses, totalizando 15 avaliações. Os dados obtidos em campo e laboratório foram organizados e submetidos a análises descritivas. Observou-se uma interação ecológica do tipo predador-presa em todos os tratamentos, na qual CE apresentou resposta numérica à densidade das pragas, com aumento populacional coincidindo com o aumento da praga. No TA, entre março e maio, os níveis de infestação por estruturas ativas de LC (ovos, minas ativas e pupas) atingiram seus maiores valores (~15%, ~6% e ~2%, respectivamente), acompanhados por elevação da população de CE, que alcançou cerca de 5 indivíduos/ponto. Nos meses seguintes, houve queda das estruturas ativas e aumento de minas velhas (~30%) e predadas (~5%), sugerindo regulação populacional pela ação do predador. No TB, observou-se manutenção de altas taxas de infestação entre novembro e maio, com ovos (~13%) e minas ativas (~4%), seguidas por aumento tardio de CE (~5 indivíduos/ponto em maio) e discreto crescimento de estruturas inativas, como minas velhas (~10%). Já no TC, as estruturas ativas apresentaram alta em novembro, e permaneceram baixas até março e com novo aumento em abril (ovos ~9%, pupas ~3%), coincidindo com o pico de CE (~1,4 indivíduos/ponto), seguido por elevação nas estruturas inativas em julho (minas velhas ~28%, predadas ~5%). Conclui-se que existe interação ecológica entre Chrysoperla externa e as pragas do cafeeiro, sendo uma relação que favorece a regulação populacional de Leucoptera coffeella. |
| Palavras-chave | Crysoperla externa, pragas do cafeeiro, controle biológico |
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