Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 20406

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Gabriella Misael Silva Fonseca
Orientador MONISE VIANA ABRANCHES
Outros membros Amanda Calijurio
Título (A)Colher: Recurso de Cuidado e Promoção da Saúde Integral no Contexto do Centro de Referência de Assistência Social de Rio Paranaíba
Resumo INTRODUÇÃO:
A medicalização da vida e a centralidade do modelo biomédico têm limitações frente ao adoecimento mental que se impõe no cotidiano, sobretudo entre pessoas em vulnerabilidade socioeconômica. Ansiedade, estresse, depressão, conflitos familiares e solidão são dores que não se silenciam com receitas prontas e tem reflexos sobre a saúde física, com componentes alimentares e nutricionais.

OBJETIVO
O projeto de extensão (A)Colher tem por objetivo a implementação da Terapia Comunitária Integrativa (TCI) no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Rio Paranaíba (MG).

METODOLOGIA
As rodas de TCI possuem frequência mensal e duração de aproximadamente 1 hora. Os resultados apresentados são referentes ao período 2024/2025. A condução das rodas seguiu a metodologia de Barreto (2019), pautada no pensamento sistêmico, resiliência, antropologia cultural, teoria da comunicação e na pedagogia da ação-reflexão-freireana. As análises dos encontros foram conduzidas pelos membros do projeto mediante preenchimento e discussão das fichas avaliativas, conforme disposto pela Associação Brasileira de Terapia Comunitária e Integrativa (ABRATECOM). As fichas contemplavam: caracterização dos participantes, temas propostos, estratégias de superação e depoimentos significativos. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e análise de conteúdo de Bardin (2016).

RESULTADOS
Um total de 9 rodas foram realizadas, totalizando 236 participações, com média de 20 pessoas/encontro, sendo 90% mulheres com idade superior a 60 anos. Os temas mais frequentes levantados estavam relacionados ao estresse (30,76%) e conflitos familiares (15,38%). As estratégias de superação estiveram ligadas à busca por ajuda religiosa (29,16%) e por redes de apoio solidárias (16,6%). Relatos sobre a importância das rodas como espaço de fala e acolhimento emergiram entre os participantes: “Não posso deixar paralisar minha vida”, "Eu saio mais leve daqui”; “Tenho minhas limitações, mas não sou incapaz”; “No encontro a gente conversa e põe pra fora a tristeza”. Todos os participantes relataram sentir-se melhor após os encontros e consideraram que as rodas contribuíram para o bem-estar. Também foram desenvolvidas oficinas que trabalharam habilidades manuais, bem como orientações nutricionais discutidas através do Bingo da Colheita, com o intuito de estimular práticas de autonomia alimentar.

CONCLUSÃO
A TCI mostrou ser uma estratégia de promoção da saúde integral, estabelecimento de vínculos, fortalecimento do autocuidado, restauração da autoestima e ressignificação de vivências. Para os discentes envolvidos, constitui um campo vivo de formação humanizada, que rompe com os limites do currículo biomédico e promove a escuta que reconhece saberes e histórias como tecnologias de cuidado. A proposta dialoga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3 e 4, ao assegurar bem-estar e ampliar possibilidades de aprendizagem contextualizadas às realidades do território.
Palavras-chave Terapia Comunitária Integrativa, Promoção da Saúde, Saúde Integral
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