Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
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Nível | Graduação |
Modalidade | Extensão |
Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática | Dimensões Sociais: ODS3 |
Setor | Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde |
Bolsa | PIBEX |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | FAPEMIG |
Primeiro autor | Gabriella Misael Silva Fonseca |
Orientador | MONISE VIANA ABRANCHES |
Outros membros | Amanda Calijurio |
Título | (A)Colher: Recurso de Cuidado e Promoção da Saúde Integral no Contexto do Centro de Referência de Assistência Social de Rio Paranaíba |
Resumo | INTRODUÇÃO: A medicalização da vida e a centralidade do modelo biomédico têm limitações frente ao adoecimento mental que se impõe no cotidiano, sobretudo entre pessoas em vulnerabilidade socioeconômica. Ansiedade, estresse, depressão, conflitos familiares e solidão são dores que não se silenciam com receitas prontas e tem reflexos sobre a saúde física, com componentes alimentares e nutricionais. OBJETIVO O projeto de extensão (A)Colher tem por objetivo a implementação da Terapia Comunitária Integrativa (TCI) no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Rio Paranaíba (MG). METODOLOGIA As rodas de TCI possuem frequência mensal e duração de aproximadamente 1 hora. Os resultados apresentados são referentes ao período 2024/2025. A condução das rodas seguiu a metodologia de Barreto (2019), pautada no pensamento sistêmico, resiliência, antropologia cultural, teoria da comunicação e na pedagogia da ação-reflexão-freireana. As análises dos encontros foram conduzidas pelos membros do projeto mediante preenchimento e discussão das fichas avaliativas, conforme disposto pela Associação Brasileira de Terapia Comunitária e Integrativa (ABRATECOM). As fichas contemplavam: caracterização dos participantes, temas propostos, estratégias de superação e depoimentos significativos. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e análise de conteúdo de Bardin (2016). RESULTADOS Um total de 9 rodas foram realizadas, totalizando 236 participações, com média de 20 pessoas/encontro, sendo 90% mulheres com idade superior a 60 anos. Os temas mais frequentes levantados estavam relacionados ao estresse (30,76%) e conflitos familiares (15,38%). As estratégias de superação estiveram ligadas à busca por ajuda religiosa (29,16%) e por redes de apoio solidárias (16,6%). Relatos sobre a importância das rodas como espaço de fala e acolhimento emergiram entre os participantes: “Não posso deixar paralisar minha vida”, "Eu saio mais leve daqui”; “Tenho minhas limitações, mas não sou incapaz”; “No encontro a gente conversa e põe pra fora a tristeza”. Todos os participantes relataram sentir-se melhor após os encontros e consideraram que as rodas contribuíram para o bem-estar. Também foram desenvolvidas oficinas que trabalharam habilidades manuais, bem como orientações nutricionais discutidas através do Bingo da Colheita, com o intuito de estimular práticas de autonomia alimentar. CONCLUSÃO A TCI mostrou ser uma estratégia de promoção da saúde integral, estabelecimento de vínculos, fortalecimento do autocuidado, restauração da autoestima e ressignificação de vivências. Para os discentes envolvidos, constitui um campo vivo de formação humanizada, que rompe com os limites do currículo biomédico e promove a escuta que reconhece saberes e histórias como tecnologias de cuidado. A proposta dialoga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 3 e 4, ao assegurar bem-estar e ampliar possibilidades de aprendizagem contextualizadas às realidades do território. |
Palavras-chave | Terapia Comunitária Integrativa, Promoção da Saúde, Saúde Integral |
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