Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 20398

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Econômicas: ODS8
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Sthefany Rosa Martins
Orientador FABIO ANDRE TEIXEIRA
Outros membros Julienne de Jesus Andrade Widmarck, Lavinia de Almeida Vinhal, RICARDO FREITAS MARTINS DA COSTA
Título A Influência do Agronegócio na Geração e Consolidação de Empregos no Alto Paranaíba: Um estudo utilizando a Metodologia de Diferenças em Diferenças (Dif-in-Dif).
Resumo A região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, destaca-se pela vocação agrícola, pela diversidade produtiva e pelo dinamismo do setor agroindustrial. Apesar de sua relevância econômica, ainda são escassas as análises que investigam o perfil da força de trabalho local e os fatores que influenciam sua empregabilidade, especialmente no setor agrícola. Diante disso, este estudo tem como problema central compreender quais elementos explicam a recuperação do emprego agrícola na região, especialmente após a reversão da tendência de queda observada até 2017. A hipótese considerada é que a intensificação de políticas públicas voltadas ao meio rural tenha desempenhado papel relevante nesse processo. Assim, o objetivo foi analisar o perfil da mão de obra no Alto Paranaíba, considerando características demográficas, educacionais e setoriais da população economicamente ativa, além de mensurar os efeitos das políticas públicas sobre a geração de empregos formais no setor agrícola. Para isso, utilizou-se a metodologia de Diferenças em Diferenças (Dif-in-Dif), que permite estimar o impacto de uma intervenção ao comparar a evolução de dois grupos ao longo do tempo: o grupo de tratamento (microrregiões do Alto Paranaíba) e o grupo de controle (Triângulo Mineiro). A análise baseou-se em dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Censo Agropecuário e de fontes institucionais. Os resultados apontaram um impacto positivo e estatisticamente significativo no emprego agrícola após 2017, com a criação de 14.310 novos postos de trabalho nas microrregiões tratadas. Observou-se também avanço na escolaridade, com o percentual de trabalhadores com ensino médio completo passando de 41,24% em 2012 para 56,08% em 2022. Embora o número absoluto de trabalhadores com ensino superior tenha aumentado, sua participação percentual permaneceu praticamente estável, indicando desafios na transição para níveis mais altos de qualificação. Em relação ao perfil etário, a faixa entre 30 e 39 anos se manteve como a mais expressiva, seguida pelas faixas de 40 a 49 e 50 a 64 anos, o que revela o envelhecimento da força de trabalho. A presença feminina também cresceu: a participação das mulheres passou de 38,8% em 2012 para 42,6% em 2022, com aumento de aproximadamente 46,5% no número total de trabalhadoras. Em relação à remuneração, observou-se que aproximadamente 74% dos trabalhadores recebiam até três salários-mínimos em 2023, com a maior concentração na faixa entre 1,01 e 1,50 salários. Conclui-se que as políticas públicas até 2017 contribuíram para a retomada do emprego agrícola formal no Alto Paranaíba, sobretudo em regiões com maior estrutura produtiva. Ainda assim, persistem desigualdades e desafios como baixa remuneração e qualificação limitada. Por isso, recomenda-se que políticas futuras unam estímulos à produção, capacitação da mão de obra e valorização do trabalho rural, visando um desenvolvimento mais equilibrado.
Palavras-chave Emprego agrícola, políticas públicas, diferenças em diferenças.
Apresentações
  • Painel: Hall PVA, 21/10/2025, de 19:00 a 20:30

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