Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável
20 a 24 de outubro de 2025
Trabalho 20343
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
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| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
| Área temática | Dimensões Ambientais: ODS15 |
| Setor | Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Primeiro autor | Paula Alves e Silva |
| Orientador | JAQUELINE DIAS PEREIRA |
| Outros membros | Leticia Silva Souto, Renata Sebastiani |
| Título | Anatomia Foliar de Seis Espécies de Malpighiaceae Juss. do Cerrado do Alto Paranaíba – MG no Sudeste do Brasil: Aspectos Ecológicos |
| Resumo | Malpighiaceae Juss. (Malpighiales) possui 75 gêneros e 1.300 espécies distribuídas mundialmente, com grande diversidade em Minas Gerais e no Cerrado, que é um hotspot de biodiversidade. A folha é o órgão mais indicado para estudos de anatomia ecológica, pois expressa mais facilmente as variações ambientais. Através da anatomia foliar, é possível evidenciar estratégias adaptativas das plantas às condições do Cerrado, como alta incidência solar e variações na disponibilidade hídrica. Espécies da família ocorrem no Alto Paranaíba e suas populações ainda não foram estudadas anatomicamente. Objetivou-se caracterizar a anatomia foliar de seis espécies de Malpighiaceae: Byrsonima coccolobifolia Kunth, Byrsonima rigida A.Juss., Camarea affinis A.St.-Hil., Camarea ericoides A.St.-Hil., Camarea hirsuta A.St.-Hil. e Tetrapterys salicifolia Nied., relacionando os caracteres anatômicos às condições impostas pelo Cerrado. Foram coletadas três folhas expandidas de três indivíduos de cada espécie em Rio Paranaíba – MG e estruturas reprodutivas de pelo menos um desses indivíduos para depósito em Herbário (HALP e HARA). As amostras seguiram metodologias usuais em anatomia vegetal para inclusão em historesina, diafanização e testes histoquímicos para amido (Lugol), lipídios (Sudan IV), compostos fenólicos (Dicromato de Potássio e Cloreto de Ferro III) e lignina (Floroglucina Ácida). As espécies de Camarea apresentam epiderme biestratificada não-contínua em algumas regiões, enquanto as demais espécies apresentam epiderme uniestratificada. Todas as espécies possuem cutícula espessa. As folhas são anfiestomáticas nas espécies de Camarea e hipoestomáticas nas demais, com estômatos paracíticos. O contorno das paredes anticlinais das células epidérmicas é reto em todas as espécies, exceto em C. affinis, onde é sinuoso na epiderme da face abaxial. Observam-se tricomas nas espécies, exceto em B. coccolobifolia e B. rigida. O mesofilo é dorsiventral em B. rigida, C. ericoides e C. hirsuta e isobilateral em B. coccolobifolia, C. affinis e T. salicifolia. Idioblastos com cristais de oxalato de cálcio estão presentes em todas as espécies. Os feixes vasculares são colaterais e envoltos por bainha parenquimática sendo que B. coccolobifolia, B. rigida e T. salicifolia também apresentam extensão de bainha do feixe vascular. Os testes histoquímicos comprovaram amido no mesofilo de todas as espécies, exceto em T. salicifolia; lipídios na cutícula; lignina nos elementos de vaso e tricomas e compostos fenólicos no mesofilo e epiderme de todas as espécies. As características anatômicas observadas contribuem diretamente às estratégias adaptativas das espécies ao Cerrado, como cutícula espessa, tricomas, presença de compostos fenólicos, dentre outras. Além disso, esse conhecimento permite uma maior compreensão da ecologia das espécies e contribui para a definição de estratégias de conservação desse hotspot de biodiversidade. |
| Palavras-chave | Adaptações Anatômicas, Ecologia, Xeromorfismo |
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