Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável
20 a 24 de outubro de 2025
Trabalho 20265
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
|---|---|
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
| Área temática | Dimensões Ambientais: ODS15 |
| Setor | Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Primeiro autor | Bianca Teixeira Ribeiro Cabral |
| Orientador | MARCELO RIBEIRO PEREIRA |
| Outros membros | Daniela Santos Martins Silva, Larissa Elias Fernandes Freitas |
| Título | Um novo gênero de grilo para Matas de Galeria no Cerrado Mineiro |
| Resumo | Na classe Insecta os indivíduos saltadores estão reunidos na ordem Orthoptera, a qual é subdividida em duas subordens: (i) Ensifera que abriga grilos, esperanças e paquinhas; (ii) Caelifera que abriga os gafanhotos. Dentre os Ensifera, merece destaque a infraordem Gryllidae, na qual reúne-se os grilos em uma superfamília dada como Grylloidea. Esta superfamília é composta por seis famílias, destacando-se Phalangopsidae, um agrupamento que possui organismos distribuídos ao longo das regiões tropicais e subtropicais do mundo. No Brasil esta é notavelmente diversa, tendo a maior quantidade de espécies válidas quando comparada com outras famílias. Dentro desta família, existem quatro subfamílias, tendo, dentre elas, Phalangopsinae, a qual pertence a tribo Phalangopsini, com uma subtribo conhecida como Luzarina. Esta subtribo tem hábitos terrestres e noturnos, sendo locais como matas de galeria do Cerrado o ambiente propício para o desenvolvimento e reprodução desses grilos, devido à elevada umidade e temperatura amena. No município de Rio Paranaíba (MG) uma dessas matas de galeria localizadas nas proximidades da área urbana revelou-se um local propício à presença desses insetos. Nesse sentido, o presente estudo descreve um novo gênero e espécie de grilos Luzarina coletados em matas de galeria do Cerrado de Rio Paranaíba. Organismos foram coletados por meio de armadilhas do tipo pitfall instaladas em diferentes pontos da área de um fragmento de mata de galeria, denominado Mata da Copasa, próximo à área urbana e de onde ocorre a captação de água para abastecimento urbano. A análise morfológica do holótipo e parátipos, machos e fêmeas preservados em álcool 80% foi realizada por meio de dissecação, mensurações com ocular milimetrada, observações em estereomicroscópio e registros fotográficos. Para a descrição da genitália do macho foram dissecados os parátipos, mantendo preservado o holótipo. A análise morfológica permitiu a descrição do gênero Aquagrandicus (Cabral & Pereira) gen. nov., e da espécie Aquagrandicus riticola (Cabral & Pereira) sp. nov.. O novo gênero se diferencia pela presença de caracteres como metanoto com projeções bilobadas, tégminas reduzidas nos machos, genitália masculina com braços pseudoepifálicos cruzados e glândulas associadas. A espécie apresenta características singulares como tégmina direita com nervuras inconspícuas; braços pseudoepifálicos com porção distal curvada em direção aos parâmeros pseudoepifálicos; braços pseudoepifálicos com porção distal interna serrilhada; parâmeros pseudo-epifálicos pouco desenvolvidos, apresentando dois lóbulos côncavos e esclerotizados. A descrição de Aquagrandicus riticola sp. nov. amplia o conhecimento taxonômico e evidencia a importância das matas de galeria do Cerrado como ambientes para conservação e pesquisa, uma vez que constituem um ambiente que preserva uma fração da diversidade presente no Cerrado antes das pressões antrópicas exercidas pela expansão da agricultura. |
| Palavras-chave | biodiversidade, insetos, taxonomia. |
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