Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 20164

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor João Victor de Brito
Orientador JAQUELINE DIAS PEREIRA
Outros membros Ana Angelica Monteiro de Barros, ANDRE MUNDSTOCK XAVIER DE CARVALHO, Camile Stéphani da Rocha Silva, Hugo Humberto de Araújo
Título Anatomia Foliar de Plantas em Ambientes Costeiros: Um Estudo Comparativo entre Manguezais e Sambaquis
Resumo Manguezais são ecossistemas costeiros caracterizados por árvores e arbustos tolerantes ao sal, que crescem geralmente em áreas entre marés. Já os Sambaquis, referem-se a montes de conchas encontrados ao longo da costa do Brasil, sendo sítios arqueológicos que podem conter restos de caça e artefatos. Objetivou-se, com este estudo, caracterizar a anatomia e a micromorfometria foliar de Laguncularia racemosa C.F.Gaertn., Rhizophora mangle L. e Talipariti pernambucense (Arruda) Bovini, que ocorrem naturalmente em manguezais e sambaquis, no litoral do Paraná. As coletas de amostras foliares expandidas foram realizadas em três áreas de cada ambiente, sendo três indivíduos por espécie. O voucher de cada espécie será depositado no Herbário RFFP (RJ). As folhas foram fixadas em FAA 50%, armazenadas em álcool 70%, posteriormente desidratadas em série etílica crescente e incluídas em historesina. Em seguida, realizaram-se cortes transversais em micrótomo rotativo de avanço automático, a 8 micrômetros de espessura, os quais foram corados com Azul de Toluidina e montados em lâminas com Permount. Para a análise micromorfométrica, foram fotografados três cortes e três campos de cada corte, realizando-se três medições por campo. As variáveis mensuradas foram: a espessura da cutícula; da epiderme da face adaxial (EAD) e da abaxial (EAB); da camada subepidérmica; do mesofilo e a espessura total do limbo, utilizando-se o software ImageJ. A análise estatística (ANOVA) foi realizada no software SpeedStat e, o teste de Tukey, ao nível de 5% de significância. As espécies apresentam cutícula espessa e epiderme unisseriada, com variações na morfologia celular: L. racemosa apresenta células alongadas na EAD e circulares na EAB; R. mangle apresenta células da epiderme isodiamétricas e T. pernambucense, células retangulares, nas duas faces. Glândulas de sal foram observadas em ambas as faces de L. racemosa e apenas na EAB de R. mangle, enquanto T. pernambucense apresenta tricomas tectores e glandulares. O mesofilo é dorsiventral, os feixes vasculares são colaterais, e idioblastos com drusas foram observados em todas as espécies. Foram observadas diferenças na espessura dos tecidos foliares entre os indivíduos de L. racemosa e R. mangle, mas não em T. pernambucense para os dois ambientes. A cutícula da EAD de L. racemosa é mais espessa nos indivíduos do sambaqui, no entanto, a espessura da EAD é maior nos indivíduos de mangue. R. mangle apresenta a espessura dos tecidos foliares maiores nos indivíduos de mangue quando comparados aos indivíduos de sambaquis. Os resultados indicam plasticidade anatômica foliar nas espécies analisadas, associada a diferenças entre os ambientes, e reforçam a importância da conservação de manguezais e sambaquis no litoral paranaense.
Palavras-chave Rizophora mangle, anatomia vegetal, micromorfometria.
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