Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 20117

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Matheus Agostinho Mani Adami
Orientador JAQUELINE DIAS PEREIRA
Outros membros Hugo Humberto de Araújo, REINALDO ALVES DE CASTRO, THAYS ALVES NERIS
Título Anatomia Foliar de Espécies de Vellozia (Vand.) Registradas pela Primeira Vez em Uma Área de Cerrado do Sudeste Brasileiro
Resumo Vellozia (Velloziaceae) inclui cerca de 130 espécies predominantemente herbáceas com características de arbustos ou subarbustos. Essas plantas são endêmicas da América do Sul, sendo encontradas principalmente em regiões de altitude elevada, como os campos rupestres. Vellozia glauca Pohl., Vellozia obtecta Mello-Silva, Vellozia nanuzae L.B.Sm. & Ayensu e Vellozia tubiflora Kunth. foram encontradas pela primeira vez em Rio Paranaíba, região do Alto Paranaíba, no domínio Cerrado. Este é um bioma de grande diversidade biológica, estando entre os mais ameaçados do Brasil devido a queimadas antrópicas, atividades pecuárias e práticas de mineração. Objetivou-se caracterizar a anatomia foliar das quatro espécies de Vellozia do Alto Paranaíba, a fim de destacar suas estratégias adaptativas ao ambiente e buscar informações relevantes à taxonomia. Foram coletadas 3 folhas de cada indivíduo e depositado um voucher de cada espécie no Herbário do Alto Paranaíba (HALP). As folhas foram fixadas em FAA50%, desidratadas em série etílica crescente e incluídas em historesina Leica. Elas foram cortadas em secções transversais de 10 µm de espessura e coradas com azul de toluidina. A técnica de diafanização foi realizada para a análise da epiderme em vista frontal. As lâminas foram analisadas ao microscópio Olympus CX 41 e as imagens foram capturadas utilizando um fotomicroscópio Nikon (Eclipse E200). Desenvolveu-se uma chave de identificação, a partir dos caracteres anatômicos avaliados. Vellozia obtecta apresenta a parede da epiderme com contorno sinuoso, estômatos tendendo a tetracíticos e tricomas tectores exclusivamente nas bordas da face adaxial da folha. V. glauca apresenta estômatos paracíticos, sendo anfiestomática e glabra. V. nanuzae apresenta estômatos actinocíticos, é hipoestomática e glabra, enquanto V. tubiflora possui estômatos tendendo a tetracíticos e tricomas tectores ramificados. Presença de fendas na epiderme da face abaxial, em todas as espécies. O mesofilo de V. obtecta é isobilateral, enquanto V. glauca, V. nanuzae e V. tubiflora apresentam um mesofilo dorsiventral, variando na quantidade de camadas de células paliçádicas. A extensão da bainha do feixe vascular diverge entre as espécies e em V. tubiflora destaca-se pela extensão de bainha aquífera chegando até a base das criptas. O mesofilo de todas as espécies é compacto e com presença de células esclerificadas. Os feixes vasculares são colaterais, com grupos de fibras. As Vellozias desenvolveram estratégias específicas relacionadas a enfrentar as condições xeromórficas, como tricomas tectores, grande quantidade de fibras, fendas e mesofilo compacto que auxiliam a minimizar a perda de água e as condições estressantes do ambiente em que estão expostas. Além disso, a anatomia observada contribuiu para diferenciar as espécies, quando não estão com as flores. Esses resultados têm potencial aplicação em futuras iniciativas de conservação das espécies e do ambiente que ocorrem.
Palavras-chave Anatomia ecológica, chave de identificação anatômica, caracteres xeromórficos.
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