Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7481

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Vinícius Resende Bueno
Orientador SILVANA DA COSTA FERREIRA
Título Astereae Cass. (Asteraceae) em Rio Paranaíba, Minas Gerais, Brasil
Resumo A família Asteraceae possui de 24.000 a 30.000 espécies em todo o mundo, no Brasil existem cerca de 2.075 espécies. As espécies dessa família são comumente caracterizadas pelo hábito herbáceo, flores dispostas em inflorescências do tipo capítulo e brácteas involucrais envolvendo o capítulo. Além dessas características, as flores geralmente possuem cálice modificado (pápus), anteras sinânteras, ovário ínfero e frutos do tipo cipsela. A tribo Astereae Cass. possui cerca de 3.100 espécies, no Brasil existem 242 espécies, as espécies dessa tribo apresentam flores do disco com gineceu apresentando duas linhas estigmáticas distintas, estilete com apêndices deltados a triangulares e lanceolados, além de anteras com base ecaudada e ecalcarada.O tratamento taxonômico da tribo Astereae foi realizado no município de Rio Paranaíba, localizado na região do Alto Paranaíba, Minas Gerais, Brasil, e fez parte de um trabalho maior que visava fazer um levantamento de todas as espécies de Asteraceae do município. As coletas quinzenais ocorreram de Agosto de 2011 até Junho de 2014 nas diversas fitofisionomias de cerrado do município. Foram encontradas 11 espécies, pertencentes a dois gêneros: Baccharis L. e Conyza Less., sendo oito espécies do gênero Baccharis e três espécies de Conyza. Conyza primulifolia (Lam.) Cuatrec. & Lourteig foi a única espécie do gênero que apresentou folhas alternas espiraladas e capítulos dispostos em corimbos; C. bonariensis (L.) Cronquist e C. canadensis (L.) Cronquist possuem folhas alternas e capítulos dispostos em panículas, e se diferenciam por C. bonariensis possuir invólucro 2-seriado e C. canadensis possuir invólucro 3-seriado. Dentro do gênero Baccharis, B. pohlii (Baker) Deble & A.S. Oliveira foi a única espécie trióica, as demais, como todo o gênero, são dioicas; B. crispa Spreng. diferiu das demais encontradas por possuir caule alado e coflorescência espiciforme. B. trinervis Pers. e B. punctulata DC. foram as únicas com folhas alternas e pecioladas, sendo que B. trinervis diferencia-se de B. punctulata devido a presença de indumento nas brácteas involucrais dos capítulos estaminados e na corola da flor estaminada, esses caracteres são totalmente ausentes em B. punctulata. B. sessiliflora Vahl e B. subdentata DC. apresentam em comum coflrescência glomeruliforme, únicas encontradas com tal característica, elas divergem entre si por B. sessiliflora possuir flores pistiladas filiformes, e B. subdentata flores pistiladas infundibuliformes. B. dracunculifolia DC. possui em comum com B. retusa DC. a presença de capítulos femininos pedunculados, porém divergem por B. dracunculifolia por possuir capítulos femininos axilares, e B. retusa possui capítulos femininos dispostos em racemos laxos. Apesar da grande fragmentação das áreas naturais no município foram encontradas duas espécies que são consideradas endêmicas: Baccharis retusa, endêmica do Brasil, e Baccharis pohlii, endêmica do Cerrado de Minas Gerais e Goiás.
Palavras-chave Compositae, Cerrado, endemismo
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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