Resumo |
A intensidade do futebol é suficiente para elevar a temperatura corporal do jogador e iniciar uma resposta à transpiração, podendo propiciar uma perda líquida de água corporal e consequentemente um quadro de desidratação e estresse térmico. O treinamento físico associado ao estresse térmico provoca aumento do fluxo cutâneo e consequentemente a produção de calor, causando modificações fisiológicas no organismo que podem afetar o funcionamento dos sistemas neuromuscular e cardiovascular, limitando o seu desempenho físico e podendo ser prejudicial ao jogador após as partidas e como se trata de um esporte com duração superior a 60 minutos, requer reposição hidroeletrolítica durante sua execução. A utilização de bebidas esportivas tem um impacto importante no controle da hidratação, repondo os fluidos corporais perdidos através do suor. O objetivo deste estudo foi comparar a hidratação corporal de atletas de futebol amador após o consumo de diferentes repositores hidroeletrolíticos. Foram avaliados 12 atletas de futebol de campo, da Sociedade Esportiva Paranaíbana, de Rio Paranaíba-MG, todos do gênero masculino, com idade variando entre 20 e 40 anos. Para a avaliação da ingestão alimentar foi aplicado o recordatório alimentar 24 horas, a composição foi aferia por meio da bioimpedância elétrica tetrapolar. O teste de hidratação foi realizado durante os treinos de futebol e em três momentos diferentes. Os repositores hidroeletrolíticos testados foram um repositor comercial, repositor caseiro, leite de vaca desnatado, e a água mineral natural como controle. A densidade da urina antes e após a partida e o percentual de peso perdido foram utilizados para avaliar o estado de hidratação dos atletas. Os jogadores apresentaram inadequações no consumo alimentar, composição corporal e nível de hidratação inicial. A perda de peso referente ao exercício se mostrou insuficiente para deflagrar em desidratação significante e os repositores não diferiram entre si e em relação ao controle. As condições em que foram realizados os treinamentos podem ter sido insuficientes para identificar a diferença entre os repositores. Mais estudos precisam ser realizados para concluir sobre a eficiência dos repositores em manter o nível de hidratação corporal nas condições do treinamento de futebol. |