Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7471

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agroindústria, processamento e armazenamento
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Amanda Luiza Teodoro
Orientador ISADORA REBOUCAS NOLASCO DE OLIVEIRA
Outros membros Ana Luiza de Souza Miranda, Jackellyne Soares de Sousa
Título Caracterização de abóboras (Cucurbita) submetidas a cocção a vapor
Resumo A alimentação com frutas e hortaliças que possuem alto conteúdo de carotenoides, adquiriu atenção especial do consumidor na perspectiva de obter uma alimentação saudável prevenindo doenças crônicas não transmissíveis. As abóboras destacam-se entre as hortaliças apresentando elevado teor de carotenoides, sendo que o modo de preparo por cocção pode alterar o teor deste pigmento. Diante disto, o presente trabalho objetivou determinar e comparar as características físico-químicas e o teor de carotenoides em diferentes variedades de abóboras após a cocção em vapor d'água. As amostras de abóboras moranga (Cucurbita máxima), cabotiá (Cucurbita maxima x Cucurbita moschata), paulista (Cucurbita moschata) e caipirinha (Cucurbita pepo) foram adquiridas em comércio local na cidade de Rio Paranaíba. Em seguida foram higienizadas, descascadas, cortadas em cubos de 3 cm e cozidas ao vapor por 12 min. Foram realizadas análises de umidade, pH, acidez, sólidos solúveis e carotenoides totais (em base seca), antes e após cocção. As análises foram realizadas em duas repetições, sendo os dados submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste "T" de Student, a 10% de significância. O teor de carotenoides da abóbora paulista (124,69 µg/g) foi o mais elevado, sendo seguido das abóboras cabotiá (86,53 µg/g), moranga (12,78 µg/g) e caipirinha (4,11 µg/g). A abóbora moranga apresentou diferença estatística apenas nas análises de acidez, onde a amostra in natura apresentou valor menor (0,033%) em relação a amostra cozida (0,075%). A acidez é importante para o aroma, uma vez que muitos ácidos são voláteis. As amostras da abóbora cabotiá e paulista não apresentaram diferença estatisticamente (p>0,10) em suas análises, mostrando que a cocção não alterou a composição físico-química e de carotenoides. A abóbora caipirinha apresentou diferença estatística (p<0,10) apenas no teor de carotenoides (bs): na amostra in natura foi encontrado maiores teores (4,11 µg/g) que na amostra cozida (3,0 µg/g), apresentando retenção de aproximadamente 73% do teor de carotenoides. Para maximizar a retenção de carotenoides na abóbora caipirinha deve-se escolher outro método de cocção. Uma explicação para redução na retenção de carotenoides após a cocção pode estar relacionada ao baixo teor natural e a característica estrutural do tecido vegetal, que pode ter permitido maior acesso ao calor durante a cocção. Em geral as amostras apresentaram boas características físico-químicas, tendo como destaque o teor de carotenoides que não foi alterado durante o preparo na maioria das variedades estudadas. O teor de carotenoides da abóbora caipirinha apresentou redução de 27% após a cocção. A cocção a vapor não causou perdas das características físico-químicas e de carotenoides das aboboras paulista e cabotiá, sendo estas as que apresentaram maiores teores de carotenoides e coloração laranja mais intensa.
Palavras-chave carotenoides, variedades de abóboras, perdas na cocção
Forma de apresentação..... Painel
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