Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7457

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Produtos naturais e bioprospecção
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa SICOOB-UFVCredi
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro SICOOB-UFVCredi
Primeiro autor Patrícia Moreira Valente
Orientador VANIA MARIA MOREIRA VALENTE
Outros membros João Antônio de Moura Lima
Título Bioprospecção para atividade antifúngica do óleo essencial das folhas de Callistemon viminalis
Resumo Fungos são causadores de doenças que podem afetar as culturas em vários estágios, desde o campo, pós-colheita ao armazenamento, gerando grandes perdas econômicas. A busca por métodos alternativos aos fungicidas tem sido objeto de estudo dos pesquisadores visando obter novas substâncias com potencial emprego no controle de doenças. Diante ao apelo da sociedade por métodos considerados mais saudáveis, os óleos essenciais tem mostrado potencial para se tornar uma alternativa viável. A espécie Callistemom viminalis de origem Australiana, é comumente encontrada no território brasileiro, sua árvore mede de 3 a 7 metros de altura, apresenta folhas pequenas, verdes, perenes e aromáticas, produz grande quantidade de flores de coloração vermelha e frutos pequenos e bem aderidos aos ramos. São utilizadas para a silvicultura, produção de óleo essencial e paisagismo. O objetivo deste trabalho foi extrair o óleo essencial das folhas de C. viminalis, determinar sua composição química e realizar o estudo de bioprospecção para deduzir quais são os compostos responsáveis pela atividade antifúngica sobre os fungos Aspergillus niger, causador de doenças em várias plantas como o alho, cebola e amendoim, Penicillium expansum que é uma espécie que causa deterioração pós-colheita principalmente em maçã e, Cladosporium herbarium agente causador da verrugose em ervilha, maracujá e soja. O óleo essencial foi obtido com média de 0,9 mL por 100 g de folhas frescas após 1h em Clevenger. A composição química foi determinada por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas, sendo os espectros comparados com a espectroteca NIST e os tempos de retenção utilizados para calcular os respectivos índices aritméticos, por sua vez, comparados com a literatura. Foram identificados 12 compostos, sendo eucaliptol ou 1,8-cineol com 74,1 %, seguido de α – terpineol com 11,0 % e α – pineno com 9,2 %, somando 94,3 % do óleo. Avaliado pela técnica da comida envenenada, empregando cicloexanamida a 0,1% como controle positivo, o óleo apresentou atividade antifúngica a uma concentração de 0,1 e 0,2%. Promoveu inibição do crescimento de P. expansum (16,8% e 36,4%) e C. herbarum (25,6% e 43,7%). A cicloexanamida inibiu 100% o crescimento micelial dos três fungos até o quinto dia. Porém, no décimo primeiro dia, A. niger apresentou crescimento, resultando numa inibição de 83,5%. Também foi observado que o óleo essencial de C. viminalis, apesar de não inibir o crescimento micelial, inibiu a esporulação de A. niger. Os resultados do ensaio de CCD-bioautografia indicam eucaliptol e α - terpineol como os agentes antifúngicos do óleo de C. viminalis, sendo eucaliptol ativo sobre o fungo P. expansum e α - terpineol ativo sobre C. herbarum. Assim óleo essencial de C. viminalis, ou outro óleo contendo estes compostos, apresentam-se como alternativas promissoras de combate a estes três fungos.
Palavras-chave Antifúngico, Aroeira-salsa, fitoquímica
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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