Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?
18 a 20 de outubro de 2016
Trabalho 7451
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
| Área temática | Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas |
| Setor | Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde |
| Bolsa | FAPEMIG |
| Conclusão de bolsa | Sim |
| Apoio financeiro | CAPES, CNPq, FAPEMIG |
| Primeiro autor | Isabella Almeida Guimarães |
| Orientador | LILIANE EVANGELISTA VISOTTO |
| Outros membros | Camila Miwa Hanzawa, Isabela Maria Reis Xavier Amorim Sanchez, Manuela Pereira Souto, MARCIO SANTOS SOARES |
| Título | Inibidores enzimáticos vegetais no controle de Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae) |
| Resumo | A lagarta da soja, Anticarsia gemmatalis (Hübner 1818) é uma praga desfolhadora, responsável por grandes prejuízos à cultura da soja. Vários agroquímicos são abusivamente usados no controle dessa praga e do conjunto de lagartas desfolhadoras da soja, o que acarreta sérios danos ao meio ambiente. A fim de reduzir o uso destes, buscam-se cada vez mais pesquisas com produtos naturais, como os inibidores enzimáticos, que sejam eficientes no controle de insetos-praga. Dessa forma, objetivou-se neste trabalho avaliar a inibição de enzimas digestivas (amilase, lipase, protease total, serino e cisteíno protease) da lagarta da soja por extratos oriundos de Cabralea canjerana e Hortia oreadica. Foram confeccionados extratos etanólicos das folhas, galhos, sementes e frutos de C. canjerana e extratos hexânico e diclorometano, particionados em diclorometano (D1) e em acetato de etila (A1) do tronco subterrâneo de H. oreadica. Foram utilizadas dez lagartas para cada tratamento. Lagartas foram criadas em dieta artificial com a adição dos extratos nas concentrações de 0, 100, 500 e 1000 ppm, até o quinto instar, período no qual cessou-se a alimentação e extraiu-se intestinos médios de dez insetos. Os intestinos foram acondicionados em microtubos de 2 mL, a -20°C até o momento das análises. Para a obtenção dos extratos enzimáticos, os intestinos foram macerados em gelo e centrifugados, sendo utilizados somente os sobrenadantes para as análises. Observou-se que os extratos de C. canjerana, independente da concentração testada, não causaram efeitos significativos nas atividades enzimáticas. Os extratos de H. oreadica nas diferentes concentrações testadas não causaram efeitos significativos nas atividades lipásica e de protease total. Os extratos A1 e D1 na concentração de 1000 ppm causaram uma inibição da atividade de cisteíno protease. Já a atividade de serino protease foi inibida em todas as concentrações testadas, sendo que para a maior inibição foi alcançada utilizando o extrato D1 na concentração de 1000 ppm. Em relação a atividade de amilase, apenas o extrato A1 reduziu significativamente em relação ao controle. Os resultados obtidos sugerem que metabólitos extraídos das diferentes partes vegetais de C. canjerana não afetam as enzimas digestivas da lagarta. No entanto, os extratos de H. oreadica apresentam potencial inibitório de amilase e das duas principais classes de proteases que atuam na digestão proteica em A. gemmatalis. A redução da atividade de tais enzimas limita a biodisponibilidade de glicose e de aminoácidos essenciais, comprometendo diretamente o metabolismo energético e a síntese de proteínas. Tais prejuízos metabólicos ocasionam danos ao crescimento e desenvolvimento do inseto, podendo então ser um potencial agente de controle da lagarta da soja. APOIO FINANCEIRO: CAPES, CNPq, FAPEMIG |
| Palavras-chave | Fitossanidade, lagarta da soja, inibidores enzimáticos |
| Forma de apresentação..... | Painel, Oral |