Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7440

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Valesca Pinheiro de Miranda
Orientador FLAVIO LEMES FERNANDES
Outros membros Ana Caroline de Lourdes Pereira Assis, Christiane Augusta Diniz Melo, JAQUELINE DIAS PEREIRA, MARCELO RODRIGUES DOS REIS
Título Presença de oxalato de cálcio em plantas daninhas e interferência nas populações de Bemisia tabaci
Resumo A mosca-branca Bemisia tabaci é uma praga polífaga, se alimentando de hortaliças, plantas ornamentais, grandes culturas e plantas daninhas, podendo causar danos diretos e indiretos em suas hospedeiras. A presença da praga em plantas daninhas por ela preferidas, principalmente na entressafra, potencializa a chance de aumento da sua densidade populacional nos cultivos sucessores, causando sérios problemas no controle do inseto. Uma estratégia de controle de pragas é o uso da resistência de plantas, que por meio de substâncias tóxicas, repelentes e/ou estruturas que dificultam a digestibilidade dos tecidos e oviposição impedem o pleno estabelecimento e desenvolvimento das pragas. Neste sentido, uma potencial barreira ao ataque e alimentação da praga é a presença de cristais de oxalato de cálcio nas células de folhas das plantas hospedeiras, uma vez que estes estão relacionados à defesa de plantas contra a alimentação de diversos insetos fitófagos. Objetivou-se verificar se a presença de oxalato de cálcio nas células de folhas das plantas daninhas afetam a população de B. tabaci. O experimento foi conduzido em casa de vegetação e o delineamento experimental foi em blocos casualizados, com cinco tratamentos (fedegosa, maria-pretinha, joá-de-capote, picão-preto e repolho) e quatro repetições. Foram avaliados aos 7, 14, 21 e 28 dias após a infestação (DAI) o número de adultos, ovos e ninfas da mosca-branca, a altura das plantas e o número de folhas. Foram confeccionadas lâminas foliares de todos os tratamentos para análise da interferência da presença de cristais de oxalato de cálcio na preferência da praga. A maior ocorrência do inseto foi verificada no repolho em todas as fases e épocas avaliadas. Entretanto, nas fases adulta e ninfa houve um relevante número de insetos nas plantas daninhas, principalmente na maria-pretinha, seguida pelo picão-preto e o joá-de-capote. A preferência da praga pela maria-pretinha e picão-preto coincidiram com a ausência de cristais de oxalato de cálcio nas células das folhas. Também não foram verificados os mesmos cristais nas lâminas de repolho, possibilitando afirmar que a presença de cristais de oxalato de cálcio interfere na preferência da praga ao hospedeiro. A altura de plantas e o número de folhas permitem inferir uma provável redução das partes vegetativas das plantas hospedeiras quando atacadas pela praga. Conclui-se que a presença de oxalato de cálcio em folhas de fedegosa, joá-de-capote e caruru-de-mancha reduziram a população de B. tabaci.
Palavras-chave Anatomia vegetal, fitofagia, plantas infestantes
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,64 segundos.