Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7437

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Vanessa Mendes Silva
Orientador MARLON CORREA PEREIRA
Outros membros Carla Caloni Custóduio, Pedro Henrique Barbosa de Oliveira
Título Germinação de sementes e promoção do crescimento de mudas de orquídea por seus fungos endofíticos
Resumo As orquídeas associam-se a fungos endofíticos nas diferentes etapas do ciclo de vida. Para a germinação de sementes, as orquídeas dependem da simbiose com fungos micorrízicos, uma vez que o embrião é desprovido de endosperma e as reservas contidas nas células são insuficientes para o seu desenvolvimento. Para obtenção de carbono simples necessário ao seu desenvolvimento, o embrião digere as hifas do fungo micorrízico simbionte. Em plantas jovens e adultas, fungos endofíticos micorrízicos e não micorrízicos associam-se às raízes das orquídeas. Nesta fase os fungos podem promover o desenvolvimento da planta ao atuar na solubilização e absorção de elementos inorgânicos do ambiente, produção de hormônios vegetais, indução de resistência a patógenos, etc. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento de sementes e de mudas de orquídeas após a inoculação de fungos previamente isolados das raízes das plantas Cattleya brevipedunculata, Cattelya walkeriana e Grobya cipoensis. Sementes de C. brevipedunculata, Epidendrum secundum e Hoffmannseggella sp. foram inoculados com quinze fungos endofíticos. C. brevipedunculata e Hoffmannseggella sp. não apresentaram desenvolvimento satisfatório, mas chegaram ao estágio 2 de desenvolvimento. E. secundum desenvolveu na presença dos treze isolados e na ausência do fungo até o rompimento da testa da semente. Entretanto, maior porcentagem de desenvolvimento foi observada na presença do isolado 25D, apresentando protocormos no estágio 5. Mudas de Cattleya schofieldiana foram inoculadas com 7 fungos endofíticos. O isolado 25C garantiu maior sobrevivência das mudas, assim como o controle contendo meio MS acrescido de sacarose. Todas as repetições sobreviveram em ambos os tratamentos. Foi observado ainda, um aumento no número de folhas e na brotação, indicando que novos indivíduos estão sendo formados. Contudo, observou-se a diminuição da altura das mudas, provavelmente devido ao dobramento ou morte das folhas mais velhas. Obteve-se isolados capazes de promover a germinação de sementes de E. secundum e o desenvolvimento de mudas de C. schofieldiana. Mas nenhum resultado promissor foi obtido para a orquídea C. brevipedunculata, hospedeira de muitos dos isolados testados. Isso incentiva mais estudos para obtenção de um isolado capaz de promover a germinação das sementes dessa orquídea, a qual tem apresentado grande especificidade na associação com simbiontes fúngicos para germinação de sementes.
Palavras-chave Simbiose, micorriza, Ochidaceae
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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