Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7420

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agroindústria, processamento e armazenamento
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Samara Aparecida Cardoso Alves de Sa
Orientador PAULO SERGIO MONTEIRO
Outros membros Amanda Paula de Oliveira, Giulia Moreira Marcondes
Título Utilização de leitelho como substituto do soro de queijo na fabricação de bebida láctea fermentada
Resumo O soro de queijo é um subproduto da indústria de laticínios, obtido pela coagulação do leite durante a fabricação de queijos. É um líquido com coloração verde-amarelo e de sabor ligeiramente ácido ou doce, dependendo do tipo de coagulação a que o leite foi submetido. A manteiga é o produto obtido a partir da batedura do creme de leite, fermentado ou não, com consequente aglomeração dos glóbulos de gordura e separação de uma fase líquida denominada leitelho, sendo este considerado um resíduo industrial. O objetivo deste estudo foi avaliar a substituição de soro de queijo por leitelho na fabricação de bebida láctea fermentada. A avaliação do processo fermentativo foi realizada por meio de análises de pH e acidez titulável em períodos pré-determinados ao longo do processo fermentativo. Inicialmente, duas diferentes formulações de 800 mL foram preparadas, sendo a formulação 1 constituída por 49% (v/v) de soro de queijo e 51% (v/v) de leite UHT integral, enquanto a formulação 2 foi constituída por 49% (v/v) de leitelho e 51% (v/v) de leite UHT integral. Após o preparo, as formulações foram submetidas a um tratamento térmico de 82°C durante 30 min e posteriormente foram resfriadas a 43°C, onde cada formulação foi fracionada, originando três volumes de 250 mL, representando três repetições para cada tratamento. Cada repetição foi inoculada com 0,1% (m/v) de cultura láctea termofílica liofilizada, contendo Lactobacillus delbrueckii ssp. bulgaricus e Streptococcus thermophilus. Para determinação da acidez titulável foi utilizado NaOH 0,1 M e indicador fenolftaleína 1% (m/v) e para análise de pH foi utilizado um pHmetro previamente calibrado. As análises foram realizadas em intervalos de 45 min, sendo a última etapa de análises realizada após um intervalo de 30 min, totalizando seis avaliações por tratamento. Para a análise dos dados foi realizada a análise de variância (ANOVA) e teste de médias de Tukey ao nível de 5% de significância, utilizando software R e o pacote ‘’ExpDes.pt’’. Foi observado que os dois tratamentos apresentaram perfis fermentativos semelhantes quanto à acidez titulável e pH durante o processo, sendo que não apresentaram diferença estatística significativa ao final do processo fermentativo. A acidez titulável final das formulações 1 e 2 foi igual a 54,7oD e 53,8oD, respectivamente. Quanto ao pH, as formulações 1 e 2 apresentaram pH final igual a 4,45 e 4,50, respectivamente. De acordo com os resultados obtidos, os quais encontram-se adequados para o processo, podemos considerar que o leitelho, nas condições avaliadas, pode ser utilizado como substituto do soro de queijo na produção de bebida láctea fermentada, o qual não provocou alterações no processo fermentativo do produto.
Palavras-chave fermentação lática, derivados lácteos, resíduo agroindustrial
Forma de apresentação..... Painel
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