Resumo |
A hidroclorotiazida (HCTZ) ou 6-cloro-3,4-dihidro-2H-1,2,4-benzotioazida-7-sulfonamida-1,1-dióxido é um fármaco da classe dos diuréticos tiazídicos, amplamente utilizado no tratamento da hipertensão e de problemas advindos da retenção de líquidos no corpo. A HCTZ pode ser administrada juntamente com outros anti-hipertensivos como β-bloqueadores e inibidores da enzima conversora da angiotensina, no controle da pressão arterial. Existem diversos métodos para quantificação da HCTZ em amostras comerciais e as técnicas eletroanalíticas se apresentam como alternativa. Este trabalho teve por objetivo preparar um eletrodo compósito à base de grafite e borracha de silicone e avaliar sua aplicação na determinação da hidroclorotiazida. O eletrodo foi preparado misturando-se pó de grafite e borracha de silicone, de maneira a obter um compósito com 70% de grafite (m/m), que foi inserido em um tubo de vidro de diâmetro interno de 3 mm e pressionado com um contato de cobre por uma prensa mecânica por 24 horas. As técnicas eletroanalíticas foram aplicadas utilizando um potenciostato microStat (dropsens, Spain). A voltametria cíclica (CV) foi utilizada para avaliar a resposta e o comportamento voltamétrico da HCTZ. Para a quantificação foi utilizada voltametria de pulso diferencial (DPV) em tampão Britton-Robinson (B-R) pH 7,0, na qual foi obtida uma curva analítica com intervalo linear de resposta entre 4,98 a 47,6 µmol L-1 e limite de detecção de 3,27 µmol L-1. Posteriormente, o procedimento foi aplicado na determinação de HCTZ na formulação farmacêutica Tenadren, e foi comparado com o valor do rótulo e do método oficial descrito na farmacopeia brasileira. Através da DPV encontrou-se um valor de 25,8 mg/comprimido de HCTZ, enquanto o rótulo apresenta 25 mg/comprimido e o método oficial 26,2 mg/comprimido, obtendo-se assim os erros de 3,2% e 1,53%, respectivamente. O eletrodo compósito à base de grafite e borracha silicone, pode ser utilizado como material eletródico para determinação do fármaco hidroclorotiazida utilizando a técnica de DPV. O compósito é um material de fácil preparação e baixo custo, além de ser estável nas condições ambientes e possuir relativa facilidade na renovação de sua superfície. |