Resumo |
Os alimentos orgânicos vêm se destacando no mercado principalmente por suas atribuições de serem mais saudáveis e preservarem a saúde humana, não apenas dos consumidores, mas também dos trabalhadores envolvidos diretamente em sua produção. São considerados orgânicos os alimentos isentos de agrotóxicos, fertilizantes sintéticos e transgênicos, sendo mais sustentáveis ao meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o mercado consumidor, sua percepção e conhecimento sobre alimentos orgânicos em Rio Paranaíba. O trabalho consistiu de uma pesquisa descritiva com aplicação individual de questionários estruturados em dois supermercados e dois sacolões de Rio Paranaíba - MG. Foram aplicados 188 questionários entre abril e junho de 2016. A interação pesquisador-participante foi minimizada através do não esclarecimento a respeito dos itens abordados no questionário, sendo explicado aos participantes apenas sobre a natureza acadêmica da pesquisa. Os respondentes foram selecionados aleatoriamente, sendo sua maioria do sexo feminino (56,38%). A maior parte dos entrevistados (47,34%) tinha idade entre 20 e 30 anos, 46,81% possuíam ensino médio e 37,76% ensino superior. Dentre os participantes, 49,46% julgaram ser alimento orgânico aquele sem agrotóxicos, sem adubos químicos e sem ingredientes transgênicos, onde 76,59% comprariam esse produto por fazer bem à sua saúde. Porém, 52,66% dos consumidores não consomem orgânicos por não encontrar oferta no mercado. Constatou-se também na pesquisa que 95,74% comprariam um produto orgânico caso esse custasse o mesmo preço de um convencional, sendo verduras e legumes (60,1%) os mais procurados. Como parte dos consumidores apresentou conhecimento superficial sobre o que é um produto orgânico, fica evidente a necessidade de maiores esclarecimentos sobre o assunto e também uma maior oferta desses produtos nas gôndolas dos supermercados para os já adeptos. Observou-se na pesquisa uma demanda por produtos orgânicos no mercado de Rio Paranaíba, sendo a indisponibilidade o maior fator que limita o consumo. |