Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7412

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Lorena Ribeiro
Orientador FABRICIA QUEIROZ MENDES
Outros membros ANDRE MUNDSTOCK XAVIER DE CARVALHO, Lucas Gonçalves Machado, Manuela Pereira Souto, Sarah C. M. Oliveira
Título Composição química e avaliação sensorial de cafés adubados com fontes alternativas de potássio
Resumo Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café. Atualmente a sua produção visa a qualidade, valorizando os atributos sensoriais e higiênico-sanitário, além dos aspectos relacionados à proteção ambiental e valorização social. O café constitui um produto de grande importância econômica e social. O fornecimento de nutrientes para as plantas por fertilização tem, ao longo dos tempos, buscado a elevação da produção. A qualidade do café é determinada por seus constituintes químicos, dando características de sabor e aroma. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi de avaliar o efeito da aplicação de diferentes fontes de potássio sobre a composição química, os teores de micronutrientes e sobre as características sensoriais do café. Foram utilizados frutos de Coffea arabica. Os experimentos foram conduzidos em campo, sob talhões de média a alta disponibilidade de potássio. Um dos talhões escolhidos situa-se a 1180 m de altitude (experimento A) e o outro a 1110 m de altitude (experimento B). Foram avaliados acidez total titulável, pH, condutividade elétrica e análise sensorial. Os resultados obtidos mostraram que os valores de acidez total titulável variaram de 20,49 a 24,19 mL de NaOH 100.g -1 para o experimento A e de 22,49 a 25,70 mL de NaOH 100.g -1 para o experimento B. Os teores de acidez total titulável podem ser influenciados por vários fatores (fermentação durante a secagem, estágio de maturação dos grãos, condições climáticas durante a colheita e secagem, local de origem, processamento). Os valores de pH variaram de 5,16 a 5,45 para o experimento A e de 5,02 a 5,19 para o experimento B. Baixos valores de pH, podem ser atribuídos à ocorrência de fermentações, elevando o teor de acidez do café. A avaliação da condutividade elétrica do café mostra que somente uma amostra no experimento A foi diferente dos demais tratamentos, apresentando um valor menor de 75,4 µS.cm-1.g-1 de amostra. Para o experimento B, os valores de condutividade elétrica variaram de 80,4 a 84 µS.cm-1.g-1 de amostra. A condutividade elétrica está diretamente relacionada à absorção de água pelos grãos e é um indicador de danos nas membranas e paredes celulares. Foram detectados os micronutrientes cobre e zinco em todas as amostras em níveis baixos. Na análise sensorial, não houve diferença na qualidade do café produzido com as diferentes fontes de potássio. Isso indica que as diferentes fontes utilizadas não interferiram na qualidade da bebida. Portanto, o cultivo do café com diferentes fontes de potássio não influenciou a acidez total titulável e o pH. A condutividade elétrica, em um dos experimentos, foi inferior aos demais tratamentos. Os micronutrientes cobre e zinco estavam em níveis abaixo do máximo estabelecido pela a legislação. Na análise sensorial do café, o uso de diferentes fontes de potássio não influenciou nos atributos avaliados, as amostras obtiveram notas que classificaram o café como cafés comerciais finos.
Palavras-chave Café, micronutrientes, análise sensorial
Forma de apresentação..... Painel
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