Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7399

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor João de Deus Godinho Júnior
Orientador RENATO ADRIANE ALVES RUAS
Outros membros Guilherme Andrade Gontijo, Lucas Caixeta Vieira
Título Efeito de pontas hidráulicas na deriva da pulverização de paraquat
Resumo A ponta hidráulica é a parte mais importante dos pulverizadores hidráulicos, sendo responsável por fragmentar a calda em gotas e formar o jato de pulverização. Porém, durante a aplicação de agrotóxicos, o ingrediente ativo aplicado pode ser depositado fora do alvo de interesse, constituindo a deriva. A deriva pode atingir e causar danos a áreas sensíveis, como, por exemplo, cursos de água e lavouras susceptíveis ao produto aplicado. Porém, nos últimos anos, diversos modelos de pontas têm sido empregados para controlar e reduzir os efeitos da deriva. Neste trabalho, o objetivo foi avaliar o efeito de modelos de pontas hidráulicas na deriva de aplicação de paraquat. O experimento foi realizado no Laboratório de Mecanização Agrícola da Universidade Federal de Viçosa Campus Rio Paranaíba. Empregou-se o delineamento inteiramente casualizado, avaliando três modelos de pontas hidráulicas: Magno ADIA-02D (jato leque duplo com indução de ar), Jacto DEF-02 (jato leque plano defletor) e Magno BD-11002 (jato leque simples), com quatro repetições. Antes do experimento, as pontas avaliadas foram sorteadas ao acaso dentre 20 unidades de modelo similar. Foi aplicado o herbicida paraquat na dose de 300 g i.a. L-1 e volume de calda de 200 L ha-1, utilizando pulverizador costal de CO2 pressurizado, na pressão de 300 kPa. Com um ventilador, foi gerado corrente de vento de 30 km h-1 com a intenção de intensificar e produzir deriva. Para avaliar o efeito da deriva do herbicida aplicado, foram dispostos a 0, 3 e 6 metros de distância da barra de pulverização, vasos de polietileno de 8 dm3 com plantas de Brachiaria brizantha. Nelas, foram fixadas etiquetas de papel hidrossensível para analisar a densidade (gotas cm-2) e o diâmetro das gotas que chegavam as folhas. Foram realizadas avaliações de dano visual nas plantas aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA). E aos 28 DAA as plantas foram cortadas rentes ao solo e secadas em estufa para mensuração da matéria seca. Os dados foram analisados e não apresentaram distribuição normal, nem após a realização de transformações. Então foram submetidos ao teste não paramétrico de Kruskal-Wallis a 5% de probabilidade, que foi significativo para densidade de gotas depositadas a zero metros de distância da pulverização. E para diâmetro médio de gotas produzidas pelas pontas, para a média de todas as distâncias avaliadas. Onde a ponta jato leque plano defletor produziu gotas de maior diâmetro. Na avaliação dos danos visuais, houve diferença significante apenas na avaliação realizada aos 14 DAA, em que a ponta jato leque duplo com indução de ar resultou em menor dano às plantas. Em relação às pontas jato leque simples e leque defletor não houve diferença entre elas. Os efeitos da deriva observados nas plantas para cada modelo de ponta não interferiram significativamente na produção de matéria. O modelo de ponta jato leque duplo com indução de ar é mais eficiente no controle de deriva causada pela aplicação do herbicida paraquat.
Palavras-chave Tecnologia de Aplicação, Agrotóxico, Deriva
Forma de apresentação..... Painel
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