Resumo |
A calda de pulverização varia em quantidade e composição, a depender da operação a ser realizada. Porém, torna-se necessário reduzir o volume de calda com a utilização de técnicas relacionadas à tecnologia de aplicação de agrotóxicos, sendo mais vantajoso reduzir o tamanho das gotas de pulverização e utilizar adjuvantes, do que elevar o volume de calda, reduzindo assim a deriva e promovendo uma efetiva cobertura do alvo. A deriva de agrotóxicos pode causar danos irreversíveis ao meio ambiente, a saúde do homem e elevar o custo das aplicações. No presente trabalho, objetivou-se avaliar o efeito da deriva na aplicação de paraquat com adjuvante LI700. O experimento foi realizado no Laboratório de Mecanização Agrícola da Universidade Federal de Viçosa Campus Rio Paranaíba. Em delineamento inteiramente casualizado, avaliando três composições de calda: água + paraquat, água + paraquat + LI700 (adjuvante surfactante) e água + LI700, com quatro repetições. A aplicação foi feita usando pulverizador costal de CO2 pressurizado, operando à pressão constante de 300 kPa, com uma vazão de 200 L ha-1, em plantas de Brachiaria brizantha dispostas em vasos a 0, 3 e 6 metros de distância da barra de pulverização. Durante a aplicação, utilizou-se o ventilador de um pulverizador costal hidropneumático, com vento a 30 km h-1, com a intenção de produzir deriva. Nas plantas foram fixadas etiquetas de papel hidrossensível para aferir a densidade de gotas por cm2 (DEN) e o diâmetro mediano volumétrico (DMV). Aos 7, 14, 21 e 28 dias após a aplicação (DAA) foram realizadas análises visuais de controle das plantas. Com 28 DAA foi coletada a parte aérea das plantas e secada em estufa para mensuração da massa de matéria seca. Os dados foram submetidos a teste de normalidade e independência dos erros. Não foi detectada normalidade após a transformação dos dados, portanto optou-se pela análise não paramétrica com o teste de Kruskal-Wallis a 5% de significância. O teste para DEN foi significativo para calda a 3 e 6 metros de distância da barra. As caldas: água + paraquat e agua + paraquat + LI700 proporcionaram aproximadamente 36% a mais na densidade de gotas a 3 e 6 metros de distância da pulverização, indicando maior suscetibilidade à deriva. Além disto, é perceptível que a calda que continha o adjuvante LI700 + paraquat foi mais propenso ao carreamento pelo vento, pois as plantas posicionadas a 6 metros da aplicação sofreram maior fitointoxicação. Na velocidade de 30 km h-1 nenhuma das caldas utilizadas foram eficientes na redução da deriva, podendo ser este o principal fator do carreamento, e posterior deposição a 3 e 6 metros da barra de aplicação. |