Resumo |
Introdução: A formação dos hábitos alimentares ocorre nos primeiros anos de vida, portanto, esta fase é a mais apropriada para a realização de ações de educação alimentar e nutricional visando o estabelecimento de um padrão alimentar saudável. O objetivo deste estudo foi promover ações de educação alimentar e nutricional com os moradores do abrigo “Conviver” de Rio Paranaíba, MG. Metodologia: Este trabalho foi realizado como atividade avaliativa da disciplina “Nutrição Social”, no segundo semestre de 2015. Trata-se de um estudo de intervenção, com abordagem qualitativa e descritiva. Inicialmente, as alunas fizeram contato com a Assistente Social responsável pelo abrigo para obterem a autorização necessária para a realização da atividade. Em seguida, foram desenvolvidas as ações de educação alimentar e nutricional, utilizando uma metodologia participativa. As alunas apresentaram a “Pirâmide Alimentar” aos moradores e depois os dividiram em dois grupos para avaliar a fixação do conhecimento discutido, aplicando os seguintes recursos instrucionais: “Prato Saudável” e “Jogo das Calorias”. Para o encerramento do trabalho, a comunidade acadêmica foi convidada para colaborar com a doação de presentes de Natal que foram distribuídos aos moradores do abrigo. Resultados: O abrigo acolhia 17 moradores, dos quais 14 participaram das atividades, já que os demais estavam trabalhando no horário da intervenção. A maioria dos participantes tinha idade entre 10 a 19 anos (64,2%) e era do sexo feminino (57,1%). No momento da apresentação da pirâmide alimentar muitos moradores reclamaram que não eram oferecidos alimentos saudáveis nas refeições servidas no abrigo. As colaboradoras que trabalhavam no preparo das refeições explicaram que o principal motivo era que o abrigo não possuía fonte de recursos para a compra de alimentos e que os alimentos disponíveis para o consumo normalmente eram obtidos por doações. Conclusões: Mesmo diante de tantas limitações, as atividades proporcionaram a aquisição de novos conhecimentos e promoveram um momento de interação, descontração e lazer aos moradores do abrigo. Além disso, foi uma oportunidade importante para que as alunas pudessem aplicar conteúdos teóricos e desenvolver outras habilidades necessárias para uma atuação profissional diante de uma realidade tão desafiadora. Como forma de melhorar a qualidade da alimentação no abrigo, foi entregue um ofício à responsável indicando a realização de parcerias com estabelecimentos comerciais da cidade, procurando viabilizar o oferecimento de alimentos variados e mais saudáveis aos moradores. Também sugerimos a atuação permanente do profissional nutricionista responsável técnico pela instituição, que poderia monitorar o estado nutricional dos moradores e capacitar as colaboradoras, de forma a ampliar seus conhecimentos, sua criatividade e capacidade para elaborar preparações mais atrativas e nutritivas a partir dos alimentos disponíveis. |