Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7394

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa campus de Rio Paranaíba
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Políticas públicas e desenvolvimento social
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Roberta Ornellas Tavares
Orientador KARINE DE OLIVEIRA GOMES
Outros membros Alcinara de Sousa Albino, Michelle Rodrigues Ribeiro, Stephanie Vasconcelos Santiago, Tatiane Bortoletto Urbano
Título Educação Alimentar e Nutricional com os Moradores do Abrigo Institucional “Conviver” de Rio Paranaíba - MG
Resumo Introdução: A formação dos hábitos alimentares ocorre nos primeiros anos de vida, portanto, esta fase é a mais apropriada para a realização de ações de educação alimentar e nutricional visando o estabelecimento de um padrão alimentar saudável. O objetivo deste estudo foi promover ações de educação alimentar e nutricional com os moradores do abrigo “Conviver” de Rio Paranaíba, MG. Metodologia: Este trabalho foi realizado como atividade avaliativa da disciplina “Nutrição Social”, no segundo semestre de 2015. Trata-se de um estudo de intervenção, com abordagem qualitativa e descritiva. Inicialmente, as alunas fizeram contato com a Assistente Social responsável pelo abrigo para obterem a autorização necessária para a realização da atividade. Em seguida, foram desenvolvidas as ações de educação alimentar e nutricional, utilizando uma metodologia participativa. As alunas apresentaram a “Pirâmide Alimentar” aos moradores e depois os dividiram em dois grupos para avaliar a fixação do conhecimento discutido, aplicando os seguintes recursos instrucionais: “Prato Saudável” e “Jogo das Calorias”. Para o encerramento do trabalho, a comunidade acadêmica foi convidada para colaborar com a doação de presentes de Natal que foram distribuídos aos moradores do abrigo. Resultados: O abrigo acolhia 17 moradores, dos quais 14 participaram das atividades, já que os demais estavam trabalhando no horário da intervenção. A maioria dos participantes tinha idade entre 10 a 19 anos (64,2%) e era do sexo feminino (57,1%). No momento da apresentação da pirâmide alimentar muitos moradores reclamaram que não eram oferecidos alimentos saudáveis nas refeições servidas no abrigo. As colaboradoras que trabalhavam no preparo das refeições explicaram que o principal motivo era que o abrigo não possuía fonte de recursos para a compra de alimentos e que os alimentos disponíveis para o consumo normalmente eram obtidos por doações. Conclusões: Mesmo diante de tantas limitações, as atividades proporcionaram a aquisição de novos conhecimentos e promoveram um momento de interação, descontração e lazer aos moradores do abrigo. Além disso, foi uma oportunidade importante para que as alunas pudessem aplicar conteúdos teóricos e desenvolver outras habilidades necessárias para uma atuação profissional diante de uma realidade tão desafiadora. Como forma de melhorar a qualidade da alimentação no abrigo, foi entregue um ofício à responsável indicando a realização de parcerias com estabelecimentos comerciais da cidade, procurando viabilizar o oferecimento de alimentos variados e mais saudáveis aos moradores. Também sugerimos a atuação permanente do profissional nutricionista responsável técnico pela instituição, que poderia monitorar o estado nutricional dos moradores e capacitar as colaboradoras, de forma a ampliar seus conhecimentos, sua criatividade e capacidade para elaborar preparações mais atrativas e nutritivas a partir dos alimentos disponíveis.
Palavras-chave Educação alimentar e nutricional, abrigo, crianças.
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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