Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7261

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Daniela Silva Souza
Orientador WILLIAN RODRIGUES MACEDO
Outros membros Maria Elisa Paraguassu Soares
Título Uso de compostos indólicos como mediadores do efeito do déficit hídrico na produtividade da soja
Resumo O déficit hídrico modula diversas respostas fisiológicas, as quais resultam em uma redução significativa na produtividade das culturas sensíveis à seca, como é o caso da soja (Glycine max L.). Entretanto os hormônios vegetais estão diretamente envolvidos na sinalização das plantas, conferindo-lhes mecanismos de defesa, quando estas se encontram em condições de estresse, dentre estes, citar destaque para auxina (Aux), a qual atua sobre enzimas que regulam a plasticidade da parede celular, permitindo sua expansão em decorrência de maior influxo de água. O triptofol (Tol) é um mediador da síntese e do equilíbrio do ácido indol-3-acético (AIA), o qual advém da desaminação do aminoácido triptofano, do qual a rota da auxina pode ser dependente. O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de auxina e triptofol como moléculas bioativas remediadoras do déficit hídrico sobre a produtividade da soja. O experimento foi conduzido em vasos em casa de vegetação, na Universidade Federal de Viçosa – Campus de Rio Paranaíba, com temperaturas mínima e máxima de 23 e 40 °C, respectivamente. A semeadura ocorreu em vasos plásticos, utilizou-se a cultivar Nidera 5909. Os tratamentos consistiram em dois níveis de umidade do solo, no primeiro as plantas foram mantidas em aproximadamente 80% da capacidade de campo do solo (CC) e no segundo a disponibilidade hídrica foi reduzida em aproximadamente 60% CC, através da pesagem diária e irrigação dos vasos, calculado através do método gravimétrico. A aplicação das moléculas foi quando as plantas se encontravam no início do florescimento (R1), e a imposição dos tratamentos hídricos se deu uma semana após, quando as plantas se encontravam no período de pleno florescimento (R2), aos 43 dias após semeadura (DAS), o estresse perdurou por 4 dias. Sendo os tratamentos: 1 - 200 mg L-¹ de água em plantas submetidas à 80% CC; 2 - 200 mg L-¹ de Aux em plantas à 80% CC; 3 - 200 mg L-¹ de Tol em plantas à 80% CC; 4 - 200 mg L-¹ de água em plantas à 60% CC; 5 - 200 mg L-¹ de Aux em plantas com 60% de CC e 6 - 200 mg L-¹ de Tol em plantas com 60% CC. As plantas foram colhidas aos 107 DAS, e o número e a massa de vagens foram contabilizados. A utilização de auxina permitiu a formação de um maior número de vagens em relação ao uso de Tol, ao mesmo tempo em que ambos não diferiram em massa seca de vagens. Ainda, houve uma redução de 25% no número de vagens quando as plantas foram submetidas ao déficit hídrico em relação às bem irrigadas, devido ao abortamento de flores, comum em plantas submetidas à condições de seca no período de florescimento. As plantas apresentaram elevada sensibilidade ao déficit hídrico, provavelmente como mecanismo de resposta a uma menor produção de fotoassimilados e abortamento de flores, causados pela seca.
Palavras-chave Glycine max L., Auxina, Triptofol
Forma de apresentação..... Painel
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