Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7259

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Contabilidade gerencial, pública, controladoria e finanças
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Rita de Cássia Arantes
Orientador ROSIANE MARIA LIMA GONCALVES
Outros membros ANTONIO CARLOS BRUNOZI JUNIOR, Farlem Silva Rocha Junior, Ingrid de Andrade Miranda, VAGNER ALVES ARANTES
Título Os Impactos das Políticas Públicas Habitacionais no Setor da Construção Civil: Uma Análise de Dados em Painel
Resumo A moradia é um direito garantido legalmente tanto na Constituição Federal Brasileira, em seu art. 6º quanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos no art. 25. Com o intuito de minimizar o déficit habitacional, diversas políticas públicas habitacionais foram elaboradas ao longo da história brasileira, como o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), iniciado em 2009. Essas medidas repercutiram no setor da construção civil, contribuindo para criação de novos empregos, elevação da taxa de produto e de renda. Visto a relevância do setor da construção civil no cenário brasileiro, buscou-se de forma geral analisar o desempenho das empresas do setor da construção civil (construtoras de edifícios residenciais, condomínios horizontais e incorporações) que fazem parte do mercado de capital aberto brasileiro, operando na BM&FBOVESPA, no período de 2007 a 2014. De maneira específica buscou-se descrever as políticas públicas habitacionais mais relevantes; verificar o desempenho econômico-financeiro das empresas analisadas por meio da análise de índices; identificar os determinantes do desempenho das empresas do setor da construção civil, considerando indicadores financeiros e variáveis macroeconômicas. Quanto ao método, utilizou-se o Modelo de Dados em Painel, visando identificar os determinantes da Rentabilidade do Ativo (ROA) das empresas analisadas. A variável SELIC não foi significativa. Porém, seu coeficiente negativo retratou a lógica do mercado: a elevação dos juros diminui a rentabilidade das empresas. A variável Endividamento a Longo Prazo defasada apresentou sinal positivo, demonstrando assim, que rentabilidade do ativo e endividamento a longo prazo são diretamente proporcionais. O IVG-R, indicador que cataloga o valor das garantias dos empréstimos nas concessões de imóveis e utilizado como proxy para o acesso ao crédito imobiliário, apresentou sinal positivo, indicando que quanto maior o acesso ao crédito imobiliário maior a rentabilidade das empresas analisadas. Os resultados também demonstraram que os dois principais programas analisados no estudo (Programa de Aceleração do Crescimento e Programa Minha Casa Minha Vida) contribuíram para o desempenho econômico-financeiro das empresas. Perante a crise de 2008, o setor da construção civil ainda manteve-se em crescimento e somente em 2014 começou a sentir tais efeitos. Neste mesmo ano, a maioria das empresas apresentou uma queda significativa nos resultados, em relação ao ano anterior, o que pode ser justificado pelo baixo resultado do PIB, elevação da taxa Selic e deserção de recursos da poupança, fonte predominante nos financiamentos de moradias. Dessa maneira, observa-se que a ação governamental e os fatores macroeconômicos exercem forte interferência no desempenho das empresas do setor da construção civil, seja criando novas políticas públicas que estimulam o setor, seja por meio de ações reguladoras do Estado para controlar a economia.
Palavras-chave Políticas Públicas, Construção Civil, Dados em Painel.
Forma de apresentação..... Oral
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