Resumo |
A hibridação artificial tem sido utilizada nos programas de melhoramento com uma ferramenta para o desenvolvimento de novas cultivares de soja. Objetivou-se analisar morfometricamente botões florais e flores de soja com o intuito de identificar variabilidade genética entre cultivares. Foram utilizadas sementes das cultivares TMG801, BRS810C, CD202, Conquista, CD201 e BRSGO8660, as quais foram plantadas em vasos, em condições de casa de vegetação. Ao iniciar o florescimento, procedeu-se a coleta de botões florais e flores. Os materiais analisados foram armazenados em álcool 70% até o momento das análises morfométricas, que foram realizadas no Laboratório de Sistemática Vegetal da UFV – Campus Rio Paranaíba. Para o botão floral foram mensurados o comprimento (CBF) e largura do botão floral (LBF), comprimento do pistilo (CP) e dos estames (CE). Para a flor foram obtidas as medidas do comprimento (CF) e largura da flor (LF), comprimento das sépalas (CS), comprimento (CET) e largura do estandarte (LET), comprimento do pistilo (CP) e dos estames (CEM). Para cada cultivar foram anotados valores de 20 botões florais e 20 flores quanto às variáveis supracitadas. Considerando o delineamento inteiramente casualizado com 20 repetições e separadamente para botão floral e flor, os dados foram submetidos à análise de variância, teste de Tukey e análise de diversidade genética (com base nas variáveis canônicas e método de otimização de Tocher). Identificou-se efeito significativo (Teste F, α≤0,01) para cultivares nas variáveis CBF, LBF, CP e CE, analisados nos botões florais, com valores de coeficientes de variação inferiores à 13,5%. Identificou-se a formação de três grupos geneticamente distintos (I: TMG801, BRS810C e Conquista; II: CD201 e BRSGO8660; e III: CD202). Para a flor, as características CF, LF, CS, CET e CP apresentaram efeito de cultivares significativo na análise de variância (Teste F, α≤0,01) e os respectivos coeficientes de variação foram: 8,14%, 11,90%, 11,68%, 7,18% e 8,71%. Identificou-se a formação de três grupos geneticamente distintos (I: BRS810C, Conquista e BRSGO8660; II: CD202 e CD201; e III: TMG801). Assim, conclui-se que existe variabilidade genética entre as cultivares quanto aos CBF, LBF, CS e CE analisados em botão floral e CF, LF, CS, CET e CP analisados em flores de soja; e as cultivares foram alocadas em três grupos geneticamente distintos, tanto para o botão floral quanto para a flor de soja. |