Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7203

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa FUNARBEX
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Tereza Raquel Mendonça Souza Silva
Orientador MONISE VIANA ABRANCHES
Outros membros Karina Lopes Ribeiro
Título Perfil nutricional e influência do marketing sobre as preferências alimentares de escolares vinculados a uma instituição pública do município de São Gotardo, MG.
Resumo Na infância ocorre a formação das preferências alimentares, as quais tendem a permanecer ao longo da vida. O desenvolvimento de novos alimentos e a inserção da mulher no mercado de trabalho levaram à mudanças no que se refere ao consumo de alimentos processados e ultraprocessados. Observa-se o crescimento do consumo de alimentos industrializados ricos em açúcar, sódio e gorduras e pobre em vitaminas, minerais, água e fibras. Para estimular o consumo desses alimentos, a indústria dispõe de estratégias de marketing que podem influenciar as crianças quanto ao desejo de compra. Esse trabalho propôs traçar o perfil nutricional e avaliar a influência do marketing sobre as escolhas alimentares de escolares, vinculados a uma instituição pública do município de São Gotardo, MG. Tratou-se de um estudo quanti-qualitativo, transversal realizado com 40 crianças de ambos os sexos, com idade média de 7,9±0,3 anos. Foi respondido pelos pais/responsáveis um questionário com perguntas referentes ao uso da televisão, aspectos de saúde e frequência alimentar das crianças. Realizou-se avaliação antropométrica das mesmas, avaliou-se o conhecimento sobre alimentos industrializados e in natura/minimamente processados e foram exibidas vídeos de propagandas alimentícias e apresentadas embalagens voltadas ao público infantil, os quais subsidiaram entrevistas buscando compreender como essas ferramentas influenciam as escolhas alimentares. Dinâmicas com apresentação de alimentos em diferentes embalagens (tradicional e transparente) e com a divulgação de marcas conhecidas também foram realizadas. Ao final, foi entregue às crianças um folder com o intuito de informar ao pais como montar um lanche saudável e realizada uma roda de conversa junto às crianças destacando a importância dos alimentos saudáveis e os prejuízos dos alimentos não saudáveis. Observou-se que 44,8% das crianças assistiam de 2-3 h de televisão/dia, 65,5% das residências tinham acesso a canais por assinatura, 20,7% consumiam alimentos enquanto assistiam TV e 22,5% estavam com excesso de peso. Dos alimentos industrializados, 100,0% eram conhecidos pelas crianças, 25% delas consumiam de 1-2 porções diárias de frituras e bolachas. As estratégias de marketing despertam o desejo de compra pelas crianças, dada à apresentação de embalagens coloridas e propagandas com personagens lúdicos que possuem sentimentos humanos. Tais representações estimula o imaginário e as aproxima do que é exposto. Os brinquedos que acompanham os alimentos foram apontados como objeto de desejo, o que influencia a aquisição dos produtos. Diante do exposto, as crianças dedicam tempo excessivo em frente à TV (>2h, tempo máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde), há um alto percentual de crianças com excesso de peso e as estratégias de marketing influenciam as escolhas alimentares. A roda de conversa foi um momento de esclarecimento de dúvidas das crianças e de exposição da importância de se ter uma alimentação saudável.
Palavras-chave Marketing, Crianças, Obesidade
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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