Fome e Abundância: Um Paradoxo Brasileiro?

18 a 20 de outubro de 2016

Trabalho 7200

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Murila Maria Araujo
Orientador MONISE VIANA ABRANCHES
Outros membros Alana Fernandes Ribeiro, Caline Pereira Cardoso, Isa Mara Rocha Araújo, Raissa Linares de Melo Rocha
Título Influência da educação nutricional sobre a ingestão alimentar e o estado nutricional de portadores de déficits cognitivos
Resumo Ações educativas voltadas à promoção da alimentação saudável entre portadores de deficiências cognitivas trazem novos conhecimentos para a escolha e tomada de decisões, tendo em vista a melhora do estado nutricional e de saúde. Esse estudo teve por objetivo avaliar se a educação nutricional pode promover o conhecimento de crianças e adolescentes portadores de deficiências cognitivas acerca da alimentação saudável, além de traçar o perfil nutricional e alimentar dos mesmos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFV e iniciou após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos responsáveis. Participaram inicialmente do estudo 23 voluntários de 6 a 16 anos, de ambos os sexos, vinculados a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do município de Rio Paranaíba, MG. Inicialmente, foi aplicado questionário junto aos responsáveis para avaliação das condições socioeconômicas. Foram realizadas oficinas de educação nutricional com duração de uma hora cada, sendo abordados temas relacionados a alimentação saudável e cuidados higiênicos pessoais. Foram empregadas dinâmicas em grupo fazendo uso de recursos didático-pedagógicos, os quais incluíram: jogo da memória, dominó, pirâmide alimentar, álbum seriado, teatros, labirinto, palavra cruzada, caça ao tesouro, contação de histórias, semáforo da alimentação, elaboração de prato saudável, aprendendo a ser chef (oficinas culinárias), entre outros. Após cada oficina foi aplicado questionário para avaliar o conhecimento dos participantes. Ao final do estudo, dos avaliados 52,94% (n=9) eram do sexo masculino e a mediana de idade foi de 12,1 anos (8,8-15,9) para o sexo feminino e 12,0 (9,0-16,0) para o masculino. A renda familiar média encontrada foi ≤2 ½ salários mínimos e as mães de 56,5% dos avaliados apresentavam baixa escolaridade. Quanto ao perfil nutricional, 62,5% das meninas possuíam baixo peso e 37,5% excesso de peso. Entre os meninos o excesso de peso atingiu 11,1% dos avaliados. Os participantes apresentavam alimentação monótona, com maior frequência de ingestão de alimentos pertencentes aos grupos cereais, leguminosas, leite e carnes e reduzida frequência de frutas e hortaliças, o que foi condizente com o alto percentual de inadequação de micronutrientes. As estratégias educativas que apresentaram os melhores percentuais de acertos foram: jogo da memória, semáforo e vídeo animado (100%), seguidos por dominó e teatro (91,3%), álbum seriado (82,6%), elaboração pratos saudáveis e pirâmide alimentar (65,2%). Quanto mais interativas as dinâmicas, melhor foi a compreensão dos voluntários. Em longo prazo, espera-se que essas ações possam ser estratégias eficazes para a promoção da alimentação saudável. Sugere-se o desenvolvimento de novos estudos que visem à avaliação do estado nutricional e proponha medidas educativas que estimulem a adesão aos bons hábitos alimentares desse público.
Palavras-chave Alimentação saudável, Educação nutricional, Deficiência intelectual
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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