Resumo |
O melhoramento genético da soja tem contribuído com incrementos de produção e produtividade da cultura no Brasil. Estes incrementos são relevante no cenário agrícola nacional e posicionando o país como o segundo maior produtor mundial desta oleaginosa. A hibridação é atividade primordial para o desenvolvimento de novas cultivares. Assim, objetivou-se estudar a biologia floral da soja com o intuito de elaborar uma escala dos estádios de desenvolvimento da flor de soja, visando contribuir com a atividade de hibridação. Foram conduzidos dois experimentos (inverno e verão de 2015), em condições de casa de vegetação e no Laboratório de Sistemática Vegetal, com as cultivares 95R51, SYN1257, NA5909RG, NK7059RR, CD202, BRSGO7560, TMG1175RR, TMG801, BRSGO8360 e BG4184. Das plantas de cada cultivar, foram coletados botões florais e flores em diferentes potenciais estádios de desenvolvimento da flor e as mesmas armazenadas em álcool 70% até análise. Em laboratório, com auxílio de microscópio estereoscópio, procedeu-se mensuração de 30 botões florais / flores de cada cultivar das características (em mm): Comprimento e diâmetro do botão floral / flor, comprimento do pistilo e comprimentos dos estames diadelfo. Os dados foram analisados por meio da análise de variância, considerando o delineamento inteiramente casualizado com 30 repetições e estimado o coeficiente de variação experimental. Posteriormente, procedeu-se o teste de Tukey e obtido as contribuições relativas das características avaliadas para a divergência genética por meio da técnica de Singh (1981). Observou-se efeito significativo à 1% de significância pelo Teste F para todas as variáveis em todas as cultivares nos dois experimentos. As estimativas obtidas para o coeficiente de variação experimental foi adequado e aceitável para as características analisadas. Os estádios 1 e 5 foram estatisticamente distintos em todas as características e para a maioria das variáveis analisadas no verão, observou-se total distinção entre os potenciais estádios. O comprimento dos pistilos, apresentaram-se como características que mais contribuíram para a divergência genética. Estes resultados corroboram com os obtidos no ano de 2014, reforçando então que é possível identificar cinco potenciais estádios de desenvolvimento da flor de soja, com base em variáveis mensuradas em diferentes partes florais. |