Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3626

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Administração, gestão e ordenamento territorial e ambiental
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Francielih Dorneles Silva
Orientador RAQUEL SANTOS SOARES MENEZES
Outros membros Karine Akemi Katagiri
Título Femilidades no Campo: Identidades de Gênero de Gestoras de Organizações do Agronegócio em Minas Gerais
Resumo No campo da Administração, nos últimos anos vem se verificando um aumento do número de mulheres nas posições gerenciais nas organizações de diversos setores, o que amplia as possibilidades de investigação conjuntas destas duas temáticas – gênero e administração. Partindo disso, o presente projeto propõe uma investigação acerca das identidades de gênero de mulheres que atuam como gestoras em organizações do Agronegócio no Alto Paranaíba - MG. Conjugada à noção de divisão sexual do trabalho e à visão de agronegócios que vem se firmando em relação às atividades desenvolvidas ao longo de toda a cadeia produtiva, encontram-se mulheres que estão à frente destes negócios, como proprietárias, diretoras e gerentes de fazendas, revendas de insumos e produtos, agroindústrias. O objetivo geral da pesquisa foi analisar a articulação entre a construção de feminilidades e a participação de mulheres na gestão de organizações ligadas ao agronegócio na região do Alto Paranaíba – MG. Especificamente, buscou-se compreender como os vetores corpo, trabalho relações de poder são articulados na vida dessas mulheres. Como escopo da pesquisa definiu-se as 14 cidades da região mencionada que estão dentro das 50 cidades com maior PIB Agropecuário do Estado. A abordagem metodológica escolhida foi a qualitativa. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas com gestoras de organizações ligadas ao agronegócio. As entrevistas foram transcritas e submetidas à análise de discurso. As entrevistas indicaram que por diversas razões as mulheres (“empreendedoras”, “filhas do dono”, “esposas do dono”, “viúvas”) tem se inserido nas atividades agrícolas e que a tendência, pela gestão que têm implantado, é que só cresça essa participação. A disciplinarização a que o corpo das gestoras do agronegócio está submetido, manifesta-se de formas sutis, como em supostas maneiras mais prudentes de se relacionar, de se vestir adequadamente (para cada ambiente- “cidade”, “campo” e demanda do dia- “banco”, “comércio”, “orientar subordinados”) e, sobretudo, de evitar o assédio, já que trata-se de um ambiente "masculino". Quanto ao trabalho, destaca-se que a maioria delas tem muito bem demarcado em suas carreiras os momentos determinantes para assumirem os cargos que ocupam atualmente no agronegócio (“falecimento do marido”, “falecimento do pai”, “trabalhar com o pai”, “trabalhar com a família”, “encerramento de sociedade empresarial”). Na análise das relações de poder, voltou-se para os papeis sociais desempenhados por mulheres com base em construções incrustadas acerca de expectativas de comportamentos, como ser a “encarregada” pelo cuidado com os filhos e marido, mesmo diante do trabalho na esfera pública. Assim, quanto às suas feminilidades, verificou-se que o meio rural é determinante nas estratégias adotas nas relações de trabalho, poder e utilização do corpo, para atender às diversas demandas destas mulheres na gestão de organizações do agronegócio.
Palavras-chave Gênero, Agronegócio, Feminilidades
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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