Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3363

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química ambiental e agrícola
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Patrícia Moreira Valente
Orientador VANIA MARIA MOREIRA VALENTE
Outros membros MARLON CORREA PEREIRA
Título Óleo essencial de Schinus molle: atividade biológica e composição química
Resumo Schinus molle é uma árvore da família Anacardiaceae, nativa da América do Sul, mas encontrada em muitas áreas tropicais e subtropicais. No Brasil, ocorre desde o Rio Grande do Sul até Minas Gerais e é, geralmente, empregada em paisagismo ou arborização de ruas. Apresenta elevado teor de óleo essencial e sua composição química consiste principalmente de hidrocarbonetos monoterpênicos, alguns sesquiterpenos e fenóis, os quais são os principais responsáveis por várias atividades desta planta, especialmente bactericida, fungicida e repelente. Devido essas propriedades antimicrobianas, o uso de óleos essenciais nas indústrias farmacêuticas, alimentícia e agrícola, de forma controlada, tem se difundido como alternativa aos produtos sintéticos por serem menos nocivos ao homem e ao meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi identificar e quantificar os principais constituintes presentes no óleo essencial das folhas S. molle, coletadas em períodos diferentes do ano, avaliar o efeito sazonal na composição química e sua atividade biológica. Os óleos essenciais foram extraídos em aparelho Clevenger, a identificação dos componentes químicos dos óleos foi realizada por cromatografia gasosa acoplada a um espectrômetro de massas. Observou-se uma variação na composição química em função das diferentes épocas do ano em que foram realizadas as extrações. Os componentes majoritários encontrados nas extrações realizadas desde janeiro a abril de 2014 foram em média: sabineno (16,17%), germancreno B (14,28%) e α-pineno (11,68%), enquanto na extração realizada no mês de novembro de 2013 foram: τ-cadinol (18,01%), germancreno B (16,19%) e β-cariofileno (9,35%). Nos ensaios antimicrobianos, utilizando o teste de difusão de disco em meio sólido, os óleos essenciais, extraídos em 2013 e 2014, e estreptomicina apresentaram, respectivamente, inibição sobre as bactérias gram-negativas Escherichia coli (1,1; 0,7 e 3,5 cm) e Serratia marcescens (0,6; 0,6 e 2,4 cm), gram-positivas Bacillus subtilis (1,1; 1,0 e 4,4 cm) e Bacillus cereus (0,8; 0,8 e 2,5 cm). Estreptomicina foi utilizada como controle positivo. Utilizou-se água como controle negativo, com halo de 0,6 cm em todos os micro-organismos. Os óleos de 2013 e 2014 apresentaram atividade antifúngica, determinada através da técnica “poison food” em BDA, sobre os Aspergillus niger (62% e 46%, respectivamente) e Penicillium expansum (62% e 39%, respectivamente) após 120h. No teste de fitotoxicidade, realizado em placa de Petri contendo solução aquosa a 0,5% de óleo, observou-se redução do crescimento radicular da monocotiledônea Sorghum bicolor (22,2%) e da dicotiledônea Cucumis sativus (3,8%). O óleo extraído em 2013 foi mais eficaz na inibição dos microrganismos. Considerando os resultados obtidos o óleo essencial de S. molle apresenta potencial para o desenvolvimento de um produto fungicida.
Palavras-chave S. molle, fungicida, bactericida
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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