Resumo |
O tomateiro (Solanum lycopersicum) é uma das mais importantes hortaliças cultivadas no mundo. A produção mundial é de 125 milhões de toneladas, sendo o Brasil um dos principais países produtores. As doenças e pragas são responsáveis pela redução desta produção. Dentre as pragas, o tripes, Frankliniella occidentalis, constitui uma importante praga do tomateiro. Do ponto de vista agronômico, estes insetos são importantes por causar danos diretamente atacando folhas, hastes, flores e frutos e principalmente indiretamente transmitindo o vira cabeça do tomateiro, podendo reduzir a produção. Dentre os Tospovírus, agentes causais do vira cabeça do tomateiro, o Groundnut ringspot virus (GRSV) integra uma importante doença no cultivo de tomate por não ter método de controle e gerar uma perda de produção por causar bronzeamento das folhas, ponteiro virado para baixo, redução geral do porte da planta, lesões necróticas nas hastes, encarquinhamento das folhas e lesões anelares concêntricas no fruto. O uso de variedades resistentes é uma alternativa no manejo dessa praga. Dessa forma, os bancos de germoplasma são importantes para a obtenção de variabilidade genética em acessos com genes que conferem resistência a pragas e doenças. Assim, o objetivo do trabalho foi selecionar possíveis fontes de resistência em acessos de tomateiro do BGH-UFV ao GRSV transmitidos por F. occidentalis. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, na Universidade Federal de Viçosa-Campus de Rio Paranaíba, em delineamento em blocos casualizados, com dez tratamentos (BGHs 603, 971, 981, 1497, 1706, 1985,1989, 2024 e 2054, além da ‘Santa Clara’ como padrão de susceptibilidade), avaliando seis características: presença dos sintomas do GRSV em plantas de tomate, diâmetro do caule, altura da planta, número de folhas, massa fresca e matéria seca. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância (p<0,05) e teste de média de Skott-Knott (p<0,05). De forma geral, verificou-se diferenças significativas em todas as variáveis medidas. Sendo para diâmetro caule (F[9,27]= 8,17; p<0,001), altura de plantas (F[9,27]= 8,37; p<0,001), número de folhas (F[9,27]= 18,83; p<0,001), massa fresca (F[9,27]= 5,25; p<0,001) e matéria seca (F[9,27]= 4,51; p<0,001). Dos nove acessos testados dois apresentaram como candidatos a possível resistência ao vírus do vira cabeça transmitido pelo tripes. São eles os BGHs 603 e 1497. |