Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 3234

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Vanessa Mendes Silva
Orientador MARLON CORREA PEREIRA
Outros membros Carla Caloni Custodio
Título Germinação simbiótica de sementes de orquídeas epífitas
Resumo Em condições naturais, as orquídeas se associam com fungos endofíticos. Dentre os mais estudados, temos os micorrízicos rizoctonióides, os quais participam da germinação das sementes, possibilitando o desenvolvimento do embrião à planta adulta. Desta forma, a infecção e colonização por um fungo micorrízico é obrigatória. Objetivou-se com este trabalho caracterizar morfologicamente fungos endofíticos de Sophronitis brevipedunculata, Grobya sp. e Pleorothallis teres e verificar a compatibilidade desses com sementes de Epidendrum difforme, S. brevipedunculata e Grobya sp. Seis fungos endofíticos (SC1O, SC2O, SC5K, SC6N, SC6R e SC9O) foram caracterizados culturalmente em meio Batata Dextrose Agar (BDA- HIMEDIA). SC6N e SC6R assemelharam quanto suas características culturais (colônia creme com aspecto liso), produziram células monilióides e apresentaram outras características típicas de Rhizoctonia. SC1O, SC2O, SC5K e SC9O apresentaram coloração branca e aspecto aveludado. SC1O, SC2O e SC9O apresentaram micélio aéreo abundante. As hifas de SC2O e SC9O ramificam em 90°, com constrição na base da ramificação. Os fungos foram coinoculados com sementes previamente desinfestadas (10 min em hipoclorito de sódio 20%, lavadas três vezes em água estéril), em placas de Petri com três repartições, contendo Meio Aveia (MA: 4g/L Aveia; 7,5g/L Ágar; água destilada a pH 5,6). Cada repartição da placa recebeu 300µL da suspensão de sementes das diferentes orquídeas. Foram feitas sete repetições por fungo e do controle sem fungo. Após 18 dias da montagem do experimento, observou-se o início da germinação de sementes de S. brevipedunculata na presença de SC2O, SC6N, SC5K e SC6R. Enquanto que na presença de SC9O, iniciou a germinação das sementes de E. difforme e S. brevipedunculata. Aos 25 dias, observou-se a germinação de sementes S. brevipedunculata na presença de todos os isolados, sendo que 60% das sementes germinaram na presença de SC6N. Aproximadamente 23% das sementes de S. brevipedunculata intumesceram no controle, mas sem formação de rizóide. Em torno de 18% das sementes de E. difforme e Grobya sp germinaram na presença de SC9O e SC6N, respectivamente. Aos 49 dias observou-se protocormos de S. brevipedunculata no estágio 2 (embrião desenvolve até ocorrer o rompimento da testa) na presença de SC6N e SC6R (44,33 e 27,33, respectivamente). Após 74 dias, constatou-se protocormos de S. brevipedunculata no estágio 2 na presença de todos isolados e no controle, sendo que no tratamento SC6N as porcentagens foram maiores. Os resultados confirmam que as orquídeas não respondem da mesma forma aos diferentes isolados e que os fungos podem germinar sementes de orquídeas não hospedeiras. Desta forma, faz-se necessário testes de coinoculação de sementes de orquídeas com diferentes fungos endofíticos para seleção de isolados com potencial aplicação na propagação de orquídeas.
Palavras-chave fungos endofíticos, fungos micorrízicos, Rhizoctonias
Forma de apresentação..... Painel
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