Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2907

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Administração, gestão e ordenamento territorial e ambiental
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Izabel Barbosa Vieira
Orientador LEONARDO PINHEIRO DEBOÇÃ
Título Relacionamentos interorganizacionais e vantagem competitiva em arranjos produtivos locais
Resumo Relacionamentos interorganizacionais constituem-se tema relevante para o ambiente de negócios e para a área de estratégia atualmente. Polos industriais moveleiros, particularmente, podem fornecer elementos empíricos relevantes neste contexto, sobretudo pelas relações verticais e horizontais que neles acontecem. O objetivo deste trabalho foi estudar o impacto dos relacionamentos interorganizacionais na constituição de vantagens competitivas em arranjos produtivos. Para isso, caracterizamos a estrutura dos relacionamentos abrangendo relações verticais e horizontais em dois polos moveleiros. A pesquisa teve caráter explicativo, sendo qualitativa, por meio de estudo comparativo entre os polos, consideramos como unidades de análise informações obtidas dos empresários ou dirigentes das empresas e entidades, por meio de entrevistas. Foram pesquisadas quarenta empresas moveleiras e treze entidades de apoio nos dois arranjos. Para as relações verticais consideramos os fornecedores e clientes e para as relações horizontais as entidades de apoio e as empresas concorrentes. Observamos que a relação com fornecedores é predominantemente de dependência, principalmente pela concentração destes, os quais impõem condições às relações em função do poder de barganha que detêm. Para a relação com o cliente, ocorre um impasse para os empresários: focar suas vendas para pequenos e variados clientes ou fornecer produtos a poucos clientes de maior porte. A primeira opção leva a diversificação e aumento em custos logísticos, fazendo com que as empresas moveleiras não foquem somente na produção. Porém, o relacionamento existente tem relativa independência e segurança. Já o fornecimento a empresas de grande porte permite à empresa moveleira se dedicar somente à produção, entretanto, neste caso, tende a dependência e subordinação ao cliente, em função de seu poder de compra. Outro tipo de relacionamento é o horizontal, que envolve relações com as entidades de apoio (EA) e com os concorrentes. Notamos que a relação entre empresas moveleiras e EAs é complexa e difícil. Notamos que os empresários não veem benefícios em tal relacionamento, não o incentivando ou procurando estreitar relações, principalmente por receio do compartilhamento de informações e o que isso pode acarretar. Quanto aos concorrentes, o relacionamento é escasso e ocorre somente quando necessário. Existe comunicação somente entre pequenos grupos de empresas que têm proprietários com laços familiares, ou de amizade, e sem concorrência direta. Concluímos que as empresas moveleiras vêm sofrendo fortes pressões, tanto para aquisição de insumos, quanto para escoamento da produção, fazendo com que os relacionamentos verticais e horizontais sejam diretamente afetados. Dessa forma, a possível geração de vantagens competitivas por meio de relacionamentos interorganizacionais é sobrepujada pela falta de confiança e falta do estreitamento de relações nesses polos.
Palavras-chave Relacionamentos Interorganizacionais, Arranjos Produtivos Locais, Vantagem Competitiva.
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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