Outros membros |
Alana Fernandes Ribeiro, Ana Paula Alves Mendes, Daniela Silva Alves, Elaine Marques Borges, Gabriella Gonçalves de Melo, Murila Maria Araujo, Rodrigo Mendes Barbosa, Tereza Raquel Mendonça Souza Silva |
Resumo |
O déficit cognitivo é definido como um estado de funcionamento intelectual prejudicado, associado a prejuízos em pelo menos dois fatores: comunicação, cuidados pessoais, competência doméstica, habilidades sociais, utilização de recursos comunitários, autonomia, saúde, segurança, aptidões escolares, trabalho e lazer. Pessoas portadoras de déficits cognitivos podem desenvolver características consideradas desvantajosas para a saúde, como o lento crescimento físico, o que pode levar a um incremento do peso mais rápido. Assim, a promoção de ações educativas para a escolha de alimentos saudáveis, desde a infância, por esse grupo é essencial. O processo de aprendizagem destes indivíduos requer estratégias diferenciadas e criativas. Esse trabalho teve por objetivo desenvolver recursos interativos e lúdicos destinados à educação nutricional de portadores de déficits cognitivos, na forma presencial e digital. O trabalho foi dividido em 3 etapas: 1ª etapa)Foram elaboradas atividades presenciais destinadas à crianças e adolescentes vinculados à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Rio Paranaíba, MG. Tais atividades consistiram em: semáforo da alimentação, pirâmide alimentar, dominó, jogo da memória, teatro, apresentação de vídeo animado, contação de histórias, montagem do prato saudável e cozinha experimental com preparo de receitas culinárias. Utilizou-se fichas avaliativas para mensurar o ganho de conhecimento dos voluntários, sendo observado que o maior número de acertos sobre os temas abordados foi referente às dinâmicas: jogo da memória, semáforo da alimentação e vídeo, os quais apresentaram 100% de acertos, seguidos por dominó e teatro (91,3%). Constatou-se que quando as atividades foram mais interativas e lúdicas o número de acertos foi maior. 2ª etapa) Selecionou-se 10 jogos, os quais foram encaminhados à Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância para a produção digital dos mesmos. Nesses jogos foi trabalhada a educação nutricional de forma a estimular os processos de leitura, escrita, cálculos matemáticos, raciocínio lógico, coordenação motora e concentração. Dentre os jogos já elaborados estão: Jogo da memória das frutas; Dominó das frutas; Semáforo dos alimentos; Aprendendo a ser chef; Imagem escondida; Labirinto; Jogo de adivinhação; Palavra cruzada; Caça-Palavras; e Prato saudável. 3ª etapa) Consistirá na disponibilização desses jogos em plataforma online para propiciar a independência das crianças e adolescentes frente ao uso de recursos digitais, ao mesmo tempo aprendem a se alimentar de forma saudável. Assim, a utilização de jogos como recursos para a educação nutricional é uma estratégia eficiente para aumentar o conhecimento de portadores de deficiências cognitivas sobre alimentação saudável e contribuir para a sua autonomia. Espera-seque o uso de recursos digitais também possa ser uma boa estratégia para a promoção de escolhas alimentares saudáveis pelas crianças e adolescentes com déficits cognitivos. |