Outros membros |
Bruna Vieira Santos, Gessika Dutra de Andrade Reis, HUDSARA APARECIDA DE ALMEIDA PAULA, Juliana Nunes Ferreira de Alencar, Maria Euzebia Valadares da Silva, Natanael Flavio de Moraes, Roberta Ornellas Tavares, Rubia Daniery Domiciano Ribeiro |
Resumo |
A alimentação é um fator fundamental para garantir o crescimento e desenvolvimento adequados e a manutenção da saúde. Nos anos iniciais de vida da criança, os hábitos alimentares são formados e a medida que se consolidam, repercutirão por toda a vida. À medida que a criança começa a frequentar outros ambientes, como a escola, se inicia uma intensa socialização sob novas influências. O acompanhamento nutricional adequado possibilita a detecção precoce de prováveis problemas alimentares, sinalizando intervenções necessárias à promoção de hábitos alimentares saudáveis. O estudo objetiva promover educação e acompanhamento nutricionais tanto para os estudantes quanto para os seus pais/cuidadores. Após consentimento prévio, foram realizadas avaliações dietética e antropométrica com análise dos resultados pelo programa WHO AnthroPlus e aplicação de inquérito dietético (pais/cuidadores). Posteriormente iniciou-se oficinas de educação nutricional com a utilização de recursos didáticos/lúdicos desenvolvidos a fim de atender às metodologias propostas, como personagens de frutas e hortaliças, cartazes, desenhos, fantoches, teatros. As oficinas de educação nutricional abordaram temas sobre a importância dos alimentos, necessidades dos nutrientes e elaboração de cardápios variados. Por meio do inquérito nutricional respondido pelos pais, foi verificado que dentre os alimentos preferidos pelas crianças destaca-se o prato de refeição principal (arroz, feijão, batata frita, salada e carne) com 30,90% de preferência; 56,36% relataram que os filhos não gostam de hortaliças, o que foi confirmado pelas crianças na avaliação dietética realizada com elas, por meio de desenhos, constatando que 55,73% não gostam de hortaliças. Na mesma avaliação o pão foi o alimento mais consumido todos os dias (77,00%) e o alimento de maior preferência assinalado nos desenhos foi uma fruta (45,90%). A baixa aceitação das crianças pelas hortaliças indica a necessidade da continuidade de ações de educação nutricional. Na primeira avaliação antropométrica foram verificados entre os pré-escolares e escolares que 62,68%, 19,40% e 17,91% encontravam-se eutróficos, com excesso de peso e baixo peso, respectivamente. Os resultados encontrados indicam percentuais expressivos de distrofias no grupo de crianças avaliado. O que sinaliza um problema de saúde pública que requer maior atenção e reforça a importância de estratégias de intervenção como as atividades extensionistas, propostas por este projeto, e que vem sendo desenvolvidas. Espera-se que as intervenções, por meio de educação nutricional, em fases precoces terão repercussão positiva no decorrer da vida do indivíduo. |