Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2594

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética e melhoramento animal
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Letícia Aparecida Cruvinel
Orientador KARINE FREHNER KAVALCO
Outros membros RUBENS PAZZA
Título ANÁLISE MORFOMÉTRICA E FILOGEOGRÁFICA DE Astyanax aff. fasciatus (TELEOSTEI: CHARACIFORMES), COM BASE EM SEQUÊNCIAS MITOCONDRIAIS
Resumo Astyanax fasciatus é uma espécie amplamente distribuída, tendo localidade tipo citada como “rios do Brasil”. Com intuito de avaliar a estruturação genética e morfométrica desta espécie foram realizadas análises filogeográficas e morfológicas de exemplares provenientes das bacias dos rios Paraná e São Francisco, ao longo do Arco do Alto Paranaíba, divisor de águas dessas bacias. O DNA foi extraído do fígado ou coração do animal, usando Kit de extração. As reações de PCR foram feitas usando primers dos gene ATPase 6/8 e COI, tendo o produto sequenciado em serviço terceirizado. As sequências foram alinhadas utilizando-se o algoritmo Clustal W no software MEGA v5, onde foi realizado o teste do melhor modelo evolutivo. O filograma de Máxima Verossimilhança foi gerado utilizando-se 100 repetições de bootstrap. Nas análises morfométricas as medidas foram tomadas utilizando-se paquímetro digital e os dados foram utilizados em análises multivariadas. Os valores das medidas foram tratados para eliminar variações intrapopulacionais. Para os estudos de barcoding foi utilizada a distância p, sendo as análises realizadas no software MEGA v5. Através da Análise de Componentes Principais (PCA) livre de tamanho foi possível obter autovetores com o primeiro componente sendo responsável por 95,5% da variação. A análise morfométrica demonstrou clara estruturação em algumas das populações estudadas. A análise dos componentes principais foi eficiente em separar cada uma das populações, embora algumas delas tenham ficado bastante próximas. Dois maiores grupos puderam ser observados a partir do dendrograma de UPGMA, sendo ambos representados por populações pertencentes às duas bacias. Duas populações provenientes do rio Paranaíba se mostraram bem distantes, apesar de se tratar de trechos distintos do mesmo rio. Foram analisadas sequências da região ATPase 6/8 de 28 indivíduos, aproximadamente 744 pb, sendo 53 polimórficos. Foram obtidos 17 haplótipos, com diversidade haplotípica de 0,955. O modelo que melhor explica os dados obtidos foi o HKY. O filograma de Máxima Verossimilhança mostrou clara separação entre haplótipos pertencentes a cada bacia, apesar de uma baixa distância interpopulacional (p=0,019). A rede de haplótipos mostrou a distribuição de três grupos principais, sendo um deles formado pelos indivíduos provenientes da bacia do rio Paraná e dois do rio São Francisco. Com relação à região gênica COI foram analisadas sequências de 28 indivíduos (aproximadamente 600 pb). O dendrograma Neighbor-joining utilizando o K2P mostrou dois grupos principais, cada um formado por populações de uma mesma bacia hidrográfica. As distâncias intrapopulacionais foram 0,1% na bacia do Paraná e 0,3% na do São Francisco. A distância interpopulacional foi de 0,6%. A diversidade do grupo parece estar relacionada a eventos de evolução paralela, havendo agrupamentos morfológicos que não refletem a ancestralidade direta das linhagens de DNA ou a distribuição geográfica destes peixes.
Palavras-chave DNA barcoding, ATPase, COI
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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