Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2466

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética e melhoramento animal
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor João Paulo de Morais Silva
Orientador RUBENS PAZZA
Outros membros KARINE FREHNER KAVALCO
Título Estrutura Genética de Populações de Astyanax rivularis (PISCES, TELEOSTEI, CHARACIFORMES) com uso de Marcadores Microssatélites
Resumo O gênero Astyanax consiste em pequenos peixes onívoros popularmente conhecidos como lambaris ou piabas. Pertencente à família Characidae, que apresenta mais de 1049 espécies descritas e gênero Astyanax, é responsável por mais de 150 espécies da família. Astyanax scabripinnis possui uma distribuição típica em vários riachos brasileiros, considerada uma espécie de cabeceiras. É provável que a fragmentação na sua distribuição tenha levado a uma maior diversidade fenotípica e genética. Tendo em vista sua diversidade e ampla distribuição, várias subespécies endêmicas de algumas bacias hidrográficas foram elevadas ao status de espécie. Dentre elas, destaca-se Astyanax rivularis, espécie endêmica de riachos da bacia do rio São Francisco. O objetivo do trabalho é o de avaliar a transferibilidade de cinco lócus de microssatélites isolados de A. mexicanus em sete populações de Astyanax rivularis quanto ao padrão de amplificação, grau de polimorfismo e estudar a estrutura genética populacional. As estatísticas gerais da diversidade genética foram realizadas utilizando GENEPOP e ARLEQUIN. Também foram realizadas análises Bayesianas utilizando-se o software Structure para investigar a estruturação genética sem agrupamentos a priori. Foi explorado o modelo “admixture” variando o número de K grupos de 1 a 10, realizando 20 corridas em cada agrupamento com 100.000 iterações após “burn-in” de 20.000 iterações. Utilizou-se a média das probabilidades posteriores para estimar o número de clusters de maior probabilidade, baseado em Evanno utilizando o software Structure Harvester. O número de alelos por lócus variou de dois a oito alelos e os valores de heterozigose observados e esperados variam de 0 a 0,13 e de 0.12097 a 0.66118 respectivamente. O número de migrantes por geração observado foi Nm=0,68. A análise da média das probabilidades calculados pelo Structure resultou em um crescimento até K=5. O deltaK estatístico mostrou um número de clusters máximo K=5. O dendrograma de Neighbour Joining baseado no Índice de Similaridade de Jaccard permitiu observar três agrupamentos, que podem ser observados de acordo com a distribuição geográfica. O número de alelos por loco variou muito pouco tendo uma média de 3,5 alelos por loco, demostrando que esses microssatélites para a A. rivularis não são altamente polimórficos. Este pode ser um dos fatores responsáveis pela baixa heterozigosidade observada para os diferentes locos. Os agrupamentos gerados pelo Neighbour Joining podem ser explicados pelas altitudes dos pontos, pois os pontos do primeiro agrupamento apresentam uma altitude aproximada de 800 metros e agrupamentos 2 e 3 apresentam altitudes aproximadas de 900 metros, além destes pontos serem mais próximos entre si. Uma possível explicação para que alguns indivíduos de um ponto de coleta apareçam em outros agrupamentos distintos levanta a hipótese de que estas populações tiveram sua separação recente e que ainda não tiveram tempo suficiente para se diferenciarem.
Palavras-chave marcadores moleculares, estrutura genética, polimorfismo molecular
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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