Resumo |
O termo Criptógamas é utilizado para designar os organismos fotossintetizantes que não produzem sementes, flores ou frutos. Na intenção de detalhar as principais características morfológicas e anatômicas de cada grupo, na disciplina Biologia de Criptógamas, ofertada aos alunos do 1º período de Ciências Biológicas da UFV-CRP, objetivou-se confeccionar um laminário histológico didático das estruturas reprodutivas e vegetativas de “macroalgas”, “briófitas” e Monilophyta visando contribuir na melhoria da qualidade das aulas práticas. Após a coleta do material de “briófitas” e Monilophyta, estes foram fixados em FAA a 50% e posteriormente estocados em álcool 70% e, Phaeophyceae e Chlorophyta (“macroalgas”), estocados em formol. Para tanto, através de métodos convencionais de anatomia vegetal e com o emprego da técnica de diafanização, foram confeccionadas lâminas didáticas permanentes montadas com resina sintética (Permount-Fisher) e semipermanente em gelatina glicerinada. Outra parte do material foi preparada pelo método de inclusão em metacrilato (historresina básica) sendo os cortes transversais e longitudinais obtidos em micrótomo rotativo. Cada laminário contém 30 lâminas de cada amostra selecionada. Para a classe Phaeophyceae foram confeccionadas lâminas com corte e diafanização do talo, incluindo: conceptáculos com os gametângios e estipe de Dictyota J.V. Lamour., esporângios, lâmina e vesícula de ar de Sargassum C. Agardh e diafanização da lâmina de Padina Adans., com objetivo de evidenciar os anéis de crescimento. Em Chlorophyta preparou-se lâminas com corte e diafanização do talo dos gêneros Ulva L., Bryopsis (Berthold) H. Rietema, Caulerpa J.V. Lamour. e Cladophora Kutzing. Em “Briófitas” confeccionou-se lâminas com diafanização de Riccia L. (hepática – com visualização do talo dicotômico) e de Anthoceros L. (Anthocerophyta) e espécies de Bryophyta (musgos) evidenciando os filídeos costados, peristômio e cápsula com esporos. Para Monilophyta foram preparados cortes transversais dos caules de Nephrolepis pectinata (Willd.) Schott, com objetivo de visualizar o estelo do tipo sinfonostelo, e Equisetum hyemale L., no qual foi possível visualizar a medula oca circundada por um anel de canais carenais. A partir deste trabalho foi possível constatar que as estruturas, antes visualizadas apenas em literatura, puderam ser abordadas na prática. Assim, a morfologia das Criptógamas passou a ser melhor explorada, permitindo uma completa compreensão do ponto de vista morfológico, taxonômico e evolutivo, visto que, os alunos puderam ver em lâminas estruturas que só eram apresentadas em slides. |