Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2290

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Pedro Henrique de Castro Borges
Orientador ANDRE MUNDSTOCK XAVIER DE CARVALHO
Outros membros Caio César Vieira Sampaio, Laene de Fátima Tavares, Lucas Henrique Lima Castelari, Waner Gleider Barbosa
Título Potencial de utilização de tufitos do Alto Paranaíba (MG) para a prática da rochagem
Resumo Os fertilizantes de alta solubilidade representam grande parte da demanda atual brasileira de insumos, sendo que 70% dos adubos são importados de outros países, tornando a produção agrícola muito mais onerosa. Além disso, os fertilizantes de alta solubilidade podem desencadear problemas ambientais direta ou indiretamente ligados a eutrofização de águas; baixa eficiência de recuperação de nutrientes; necessidade de considerável montante de energia não renovável no seu processamento e transporte. A utilização de fontes alternativas de nutrientes como os pós de rochas silicatadas, poderá contribuir para o aumento da sustentabilidade da produção agrícola brasileira. A rochagem é uma prática muito antiga, mas a recente revalorização dela no Brasil está ligada a três motivações principais: busca por alternativas às fontes de nutrientes importadas (especialmente K); necessidade de aproveitamento de grandes quantidades de rejeitos de pedreiras e mineradoras; expansão das correntes de agricultura de bases agroecológicas, com restrições ao uso de fertilizantes solúveis e estímulos à utilização de recursos localmente disponíveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de uso para rochagem dos tufitos (rocha magmática resultante da consolidação de cinzas vulcânicas) na região do Alto Paranaíba (MG). As amostras foram coletadas com auxílio de martelo pedológico em pontos que foram georreferenciados para auxílio na identificação do material a partir de mapas geológicos. As amostras (aproximadamente 5 kg) foram acondicionadas em sacos plásticos, moídas em betoneira comum e tamisadas em peneiras sucessivas até a obtenção de materiais passantes na peneira de malha de 0,105 mm de abertura. Os materiais foram, em seguida, encaminhados ao laboratório de análises químicas, onde foram digeridos em mistura triácida (ácidos nítrico, sulfúrico e fluorídrico) e os teores dos elementos determinados em ICP-OES. Os resultados (litoquímica total) foram expressos, para os elementos principais, em % dos óxidos correspondentes e os teores de SiO2 obtidos por diferença para o fechamento (100%), considerando uma perda média por ignição de 1,5%. Nos tufitos pôde-se observar até 0,9% de P2O5, 6,5% de K2O, 9,7% de CaO e 15,6% de MgO. Valores de 1,6% de MnO, 20,3% de Fe2O3, 377 mg kg-1 de Cu, 288 mg kg-1 de Zn, 1271 mg kg-1 de Co e 616 mg kg-1 de Ni apontam o potencial destes materiais como fontes de micronutrientes para a nutrição de plantas. Embora os teores de macro e micronutrientes sejam relativamente elevados, não existem trabalhos avaliando a biodisponibilidade desses elementos para as plantas. Os altos teores de Si (54,4%), a baixa relação Ca/Mg e o potencial efeito corretivo de acidez do material também justificam maiores estudos quanto à viabilidade da aplicação dos tufitos na agricultura.
Palavras-chave Rochas Silicatadas, Adubação, Fertilizantes
Forma de apresentação..... Painel
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