Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2264

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Jacqueline Bonfim e Cândido
Orientador SILVANA DA COSTA FERREIRA
Outros membros Isabel Tamires de França Viana Lopes, Vinícius Resende Bueno
Título Estudo taxonômico da tribo Vernonieae (Asteraceae) no Município de Rio Paranaíba, Minas Gerais, Brasil.
Resumo A família Asteraceae compreende cerca de 24.000 - 30.000 espécies, pertencentes a 1.600 - 1.700 gêneros, distribuídos em 12 subfamílias e 43 tribos. No Brasil estima-se que ocorram 2035 espécies de Compostas, incluídas em 276 gêneros. A tribo Vernonieae possui distribuição pantropical e é considerada a quinta maior tribo de Asteraceae com 126 gêneros e aproximadamente 1.500 espécies no mundo. Diante da ausência de trabalhos florísticos na região do Alto Paranaíba e diante da representatividade da família Asteraceae, objetivou-se realizar o levantamento e tratamento taxonômico das espécies pertencentes à tribo Vernonieae no município de Rio Paranaíba. O levantamento florístico foi realizado entre agosto de 2011 e junho de 2014, por meio de coletas quinzenais em diferentes fragmentos de Cerrado. Os materiais botânicos foram herborizados seguindo as técnicas convencionais. Para o tratamento taxonômico confeccionou-se uma chave de identificação a nível específico, descrições, material examinado, distribuição geográfica, comentários, fenologia e pranchas de fotos. Foram amostradas 44 espécies, incluídas em 12 gêneros. Os gêneros mais representativos foram Lessingianthus Cass. (15 spp.) e Vernonanthura H.Rob. (7 spp.). Os demais foram representados por Lepidaploa (Cass.) Cass. (5 spp.), Elephantopus L. (4 spp.), Chresta Vell. ex DC. (3 spp.), Cyrtocymura H.Rob., Piptocarpha R.Br. e Stenocephalum Sch.Bip. com 2 espécies cada, Chrysolaena H.Rob., Echinocoryne H.Rob. e Eremanthus Less. com 1 espécie cada. Em relação à distribuição geográfica 42 espécies são nativas do Brasil e 29 endêmicas deste. Para o Cerrado foram encontradas 32 espécies endêmicas, sendo Vernonanthura piresii (H.Rob.) H.Rob. uma nova ocorrência para este domínio fitogeográfico. Lessingianthus westermanii (Ekman & Dusén ex Malme) H.Rob. e V. piresii correspondem a novas ocorrências para Minas Gerais. As espécies Lepidaploa psilostachya (DC.) H.Rob., Lessingianthus bakerianus Dematt., L. westermanii e V. piresii podem ser consideradas espécies raras devido aos poucos registros de coletas, para a última espécie, era conhecido apenas a coleta tipo. Rio Paranaíba apresentou 7 espécies de Vernonieae ameaçadas de extinção: Chresta pycnocephala DC., Chresta sphaerocephala DC., Elephantopus biflorus Sch.Bip., Lessingianthus irwinii (G.M. Barroso) H.Rob. e Lessingianthus zuccarianus (Mart. ex DC.) H.Rob. estão classificados na categoria VU (vulnerável), enquanto, Chresta scapigera (Less.) Gardner e L. westermanii na categoria EN (em perigo). Todos esses dados reforçam a grande importância dos inventários florísticos e estudos taxonômicos para subsidiar futuras estratégias de conservação, principalmente no Cerrado, considerado um dos 25 “hotspots” para a conservação do planeta. Existe uma grande preocupação quanto à flora de Rio Paranaíba, em razão, da rápida perda de vegetação nativa versus a riqueza encontrada para o município, sendo os trabalhos de cunho taxonômicos emergências para região.
Palavras-chave Compositae, Cerrado, Lessingianthus
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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