Resumo |
Introdução: O projeto de extensão “Saúde e Qualidade de Vida para Pessoas com Deficiência” é desenvolvido na Universidade Federal de Viçosa – Campus Florestal e tem como público-alvo as pessoas atendidas pela APAE do município. A proposta parte do reconhecimento da importância do movimento para o desenvolvimento integral da pessoa com deficiência, considerando não apenas aspectos motores, como força, equilíbrio, agilidade e percepção espacial, mas também aspectos cognitivos e sociais. Objetivo: Proporcionar experiências corporais significativas e inclusivas, que estimulem o desenvolvimento físico, a autonomia e a convivência social dos participantes. Descrição das principais ações: Com encontros realizados duas vezes por semana, o projeto propõe a promoção da saúde e da qualidade de vida de pessoas com deficiência por meio da prática regular de atividades físicas adaptadas, baseadas em jogos e brincadeiras, esportes e caminhada, além da utilização de objetos diversos, cores, texturas e números. As ações ocorrem em espaços da universidade, no ambiente da APAE e, eventualmente, em outros locais da cidade. Além das aulas regulares, são desenvolvidas atividades especiais como piqueniques, aulas temáticas como festas culturais e viagens de cunho cultural, como as visitas realizadas em 2024 ao Espaço do Conhecimento da UFMG e à Casa Fiat de Cultura. Também são realizadas avaliações físicas no início e no final do ano, com o objetivo de acompanhar a evolução física dos participantes e adequar as estratégias pedagógicas. As duas últimas avaliações não foram realizadas por defeito no equipamento de medida (balança de bioimpedância). O projeto também funciona como campo de formação para estudantes, pois contribui para a formação de acadêmicos do curso de Licenciatura em Educação Física, que têm a oportunidade de realizar sua Prática Pedagógica em Educação Física Adaptada (disciplina EFF 436) em contato direto com a população atendida, vivenciando na prática os desafios e potencialidades de atuação com esse público, tornando-os sensíveis às demandas da inclusão, desenvolvendo suas competências profissionais e enriquecendo o processo formativo. Em 2025, a bolsista do projeto foi convidada a apresentar essa experiência a estudantes de outros cursos de licenciatura, contribuindo com a formação de uma comunidade acadêmica mais inclusiva. Resultados alcançados até o momento: A partir da observação subjetiva das atividades realizadas, percebeu-se uma melhora no desempenho motor e social dos alunos atendidos, o fortalecimento dos vínculos com a universidade e a ampliação da consciência coletiva sobre a importância de práticas educacionais acessíveis. Conclusões: O projeto cumpre papel relevante na articulação entre ensino, pesquisa e extensão e responsabilidade social, sendo um espaço de transformação recíproca entre universidade e comunidade. |