Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22558

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Clara Ribeiro Fernandes
Orientador JONAS ALBERTO RIOS
Outros membros Gleice Kely Lorene da Silva, Mario Augusto Silva de Alexandria, Victor Souza Moreira
Título Avaliação da influência do glifosato na abundância e diversidade da microbiota edáfica
Resumo A microbiota do solo, essencial ao equilíbrio e à produtividade dos ecossistemas agrícolas, é sensível às alterações provocadas pelos diferentes manejos do solo, como o uso de defensivos químicos. O glifosato, molécula sistêmica de amplo espectro largamente utilizada como princípio ativo de herbicidas, pode afetar organismos não-alvos; assim, é vital compreender seus possíveis impactos na abundância e diversidade microbiana edáfica. Assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar, in vitro, os efeitos da aplicação do glifosato sobre a quantidade e diversidade da microbiota edáfica. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x4 (dose de glifosato x tempo de reação), em triplicata, totalizando 48 unidades experimentais (u.e.). O ensaio foi realizado no Laboratório de Microbiologia da UFV-CAF. Cada u.e. consistiu em 100 g de solo xenomórfico composto, coletado sob vegetação nativa e ajustado a 60 % da capacidade de campo. As doses aplicadas corresponderam ao controle (0x); 1,0x; 1,1x e 1,5x a dose recomendada de glifosato Roundup original (360 g/L), simultâneamente. As análises foram realizadas aos 0, 24 h, 3 e 7 dias após a aplicação, por meio de diluições em série até 10⁻⁴, sendo aliquotada 1 mL da solução em placas de Petri com ágar BDA + ágar nutriente, totalizando 144 placas. Após incubação por sete dias a 20 °C e ausência de luz, quantificaram-se as UFCs de fungos e bactérias, com base na morfologia e estimou‑se a diversidade pelo índice de Shannon. Os dados foram submetidos à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p < 0,05) pelo software Rbio. Os resultados demonstraram que, para fungos, apenas o tempo de exposição influenciou significativamente o número de UFCs, com maior crescimento observado aos 7 dias após o tempo de incubação. Para bactérias, houve interação significativa entre dose e tempo, mais precisamente para o tempo de 7 dias, em que as doses de 1,0x, 1,1x e 1,5x promoveram aumentos expressivos nas UFCs em relação ao controle, cujas médias foram 64,55; 107,22; e 116,11 contra 4,33, respectivamente. Nos demais tempos, não foram observadas diferenças significativas. A diversidade microbiana não foi afetada pelas doses nem pelos tempos avaliados. Como conclusão, sugere-se que o herbicida não atuou como inibidor, mas possivelmente como fonte de carbono e fósforo para o desenvolvimento bacteriano. A significativa elevação de UFCs bacterianas em maior tempo de exposição, sobretudo em doses superiores à recomendada, indica adaptação e potencial capacidade degradativa desses microrganismos ao glifosato. Para fungos, o aumento exclusivo em função do tempo reforça a resistência estrutural e/ou enzimática dessas populações, independentemente da dose. Em suma, o glifosato, ao ser incorporado como substrato metabólico, favoreceu o crescimento microbiano, o que corrobora estudos que apontam microrganismos edáficos capazes de degradar e utilizar o herbicida como recurso energético.
Palavras-chave Crescimento,  UFCs microbianas,  herbicida
Apresentações
  • Painel: Local e horário não definidos.

Clique na forma de apresentação para ver a apresentação.

Link para apresentação Painel
Gerado em 0,71 segundos.