Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável
20 a 25 de outubro de 2025
Trabalho 22158
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
|---|---|
| Nível | Ensino médio |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Exatas e Tecnológicas |
| Área temática | Ciências Exatas e da Terra |
| Setor | Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas |
| Bolsa | CNPq |
| Conclusão de bolsa | Sim |
| Apoio financeiro | CNPq |
| Primeiro autor | Giovana Clara Gabriel de Oliveira |
| Orientador | JACKSON DE ANDRADE TEIXEIRA |
| Título | "Tio Tungstênio" e sua relação com a divulgação científica |
| Resumo | Em um cenário contemporâneo marcado por uma disseminação constante de desinformação em plataformas digitais, na qual notícias e informações falsas impactam a formação de pessoas, decisões individuais e coletivas nas mais diversas áreas, é cada vez mais urgente utilizar estratégias eficazes para contrapô-las. Nesse contexto, uma das formas de confrontar a desinformação é por meio da divulgação científica, compreendida como práticas que “traduzem” o conhecimento complexo em linguagem acessível para públicos distintos, permitindo assim fortalecer a cultura científica. Entre as diversas ferramentas de divulgação, como podcasts, vídeos, exposições e mídias sociais, os livros possuem relevância por possibilitar explorações mais profundas de temas científicos e diferentes narrativas. É nesse contexto que a obra “Tio Tungstênio: memórias de uma infância química”, do neurologista e escritor Oliver Sacks, se destaca como instrumento de divulgação científica literária com enfoque na química como ciência exata. Desta forma, este trabalho objetivou avaliar se o livro “Tio Tungstênio”, de Oliver Sacks, se encaixa dentro do escopo de uma ferramenta de divulgação e educação científica. Para isso, como referencial teórico-metodológico, foi realizada a leitura do livro “Tio Tungstênio”, além de investigar os recursos linguísticos e estruturas narrativas que conectam experiências pessoais do autor às descobertas químicas, e, posteriormente, fez-se o estudo de caráter interpretativo juntamente com literatura científica sobre divulgação científica com o intuito de verificar se a obra autobiográfica se enquadra como uma ferramenta de divulgação científica. Os resultados da análise da obra "Tio Tungstênio" revelam como a humanização da ciência é uma ferramenta eficaz de divulgação. A estratégia de Oliver Sacks, ao combinar a narrativa autobiográfica, caracterizada por uma escrita em primeira pessoa e pela descrição rica em detalhes de sua vida e dos experimentos que realizava na infância, com o uso de uma linguagem deliberadamente simplificada em um texto acessível e repleto de metáforas do universo infanto-juvenil, facilita a compreensão de processos químicos complexos e reduz a intimidação frente ao vocabulário técnico. Essa abordagem afetiva, baseada em memórias do autor, desperta a curiosidade, incentivando o leitor a se interessar pela prática científica, e fortalece a empatia, criando um forte vínculo que é crucial para sustentar o interesse e promover a participação ativa no aprendizado científico. Portanto, pode-se constatar que o texto de “Tio Tungstênio” expressa com clareza a divulgação científica em formato de livro, já que, ao misturar conhecimento químico com sua trajetória pessoal, Oliver Sacks não só ensina, como também humaniza a ciência, mostrando como autobiografias podem democratizar o saber e engajar o público em sua formação científica. |
| Palavras-chave | Oliver Sacks, Educação científica, Divulgação científica. |
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