Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22111

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Rafael Nonato Ribeiro
Orientador JOAO PAULO DE SOUZA
Título Influência do aquecimento atmosférico na emergência e crescimento inicial de espécies lenhosas do Cerrado e Caatinga.
Resumo As mudanças climáticas, impulsionadas pelo aumento da emissão de gases de efeito estufa por atividades humanas, têm provocado alterações significativas nos padrões ambientais globais, como o aumento da temperatura média da superfície terrestre e a intensificação de eventos climáticos extremos. Além das implicações climáticas globais, essas alterações têm efeitos diretos sobre a vegetação, especialmente em regiões vulneráveis como o Cerrado, Caatinga e nos ecótonos entre esses ambientes. Desta maneira, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos do aquecimento atmosférico sobre a emergência e crescimento inicial em espécies lenhosas de Cerrado, Caatinga e área ecotonal entre esses biomasa. A hipótese é que o aumento da temperatura comprometerá significativamente o desempenho das plantas jovens, afetando sua emergência e crescimento. Para avaliar os efeitos do aumento da temperatura atmosférica foram utilizados três tratamentos: 1) temperatura atual (controle), 2) cenário otimista IPCC (aumento de 2,7 ºC) e 3) cenário pessimista IPCC (aumento de 4,4 ºC). O tratamento controle foi conduzido em um telado onde a temperatura ambiente é mantida, já os tratamentos de aquecimento foram conduzidos em câmaras de topo aberto. As sementes foram semeadas em vasos (10 L) em junho/2025, contendo solo com características físico-químicas dos respectivos biomas. Para acessar os efeitos dos tratamentos nas plantas jovens foram avaliadas a emergência total das plântulas, comprimento e diâmetro do caule e número de folhas após seis semanas de desenvolvimento. Foi encontrada diferença significativa (p<0,05) na emergência das espécies dos biomas Caatinga e Cerrado, bem como entre espécies de ecótono e Cerrado, onde ambos ambientes apresentaram mais plântulas emergidas quando comparadas ao Cerrado em todos os tratamentos de temperatura. As plantas no tratamento controle apresentaram maior altura do caule (p<0,05) do que as plantas nos tratamentos com aquecimento atmosférico. Para o diâmetro do caule, houve diferença significativa entre plantas de Cerrado e Caatinga e entre ecótono e Cerrado, com destaque para as espécies da região de ecótono, que apresentaram maior diâmetro no tratamento controle (p<0,05). O número de folhas variou significativamente entre os tratamentos, com aumento no número de folhas sob condições de aquecimento (p<0,05). Apesar de preliminares, os resultados indicam que as temperaturas simuladas reduziram o ganho de altura e diâmetro das plântulas, o que pode prejudicar seu estabelecimento nos ambientes naturais de ocorrência. Além disso, o maior número de folhas encontrado nas plantas submetidas ao aumento da temperatura atmosférica pode indicar ajustes morfológicos à nova condição climática. Conclui-se que, os cenários de aquecimento utilizados podem afetar de maneira diferencial o desenvolvimento e emergência de plantas nativas de diferentes regiões do Brasil.
Palavras-chave Mudanças climáticas, Cerrado, Caatinga
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